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MUNDO Quarta-feira, 07 de Maio de 2025, 11:34 - A | A

Quarta-feira, 07 de Maio de 2025, 11h:34 - A | A

DESAPARECIDA DESDE 2007

Investigadores Alemães encontram imagens ligadas ao caso Madeleine McCann

O caso de Madeleine, que tinha três anos quando desapareceu do resort Praia da Luz, em Portugal, em 3 de maio de 2007, permanece no foco internacional há mais de 16 anos

Vista Pátria

 

Um disco rígido encontrado na propriedade de Christian Brueckner, principal suspeito no caso do desaparecimento de Madeleine McCann, contém imagens perturbadoras que levaram os investigadores alemães a fortalecer a hipótese de que a menina britânica, desaparecida em 2007, está morta. Segundo a imprensa britânica, a descoberta ocorreu durante uma busca na fábrica abandonada do suspeito na vila de Neuwegersleben, em 2016, onde foram encontrados milhares de arquivos relacionados a abuso infantil e fantasias de sequestro.

O caso de Madeleine, que tinha três anos quando desapareceu do resort Praia da Luz, em Portugal, em 3 de maio de 2007, permanece no foco internacional há mais de 16 anos. Christian Brueckner, um cidadão alemão com histórico criminal ligado a crimes sexuais, é apontado como o principal suspeito pelas autoridades desde 2020. Embora a promotoria alemã afirme ter “provas conclusivas”, até o momento não foram apresentadas acusações formais contra ele. O promotor Hans Christian Wolters chegou a declarar em 2020 ao programa australiano 60 Minutes: “Temos provas contundentes de que Madeleine McCann está morta e que nosso suspeito a matou”.

A busca na fábrica pertencente a Brueckner não revelou apenas arquivos digitais, mas também evidências físicas inquietantes. Foram descobertos mais de 8.000 arquivos digitais, armazenados em pen drives e cartões de memória enterrados junto ao cadáver de um cachorro, possivelmente pertencente ao suspeito. Entre essas memórias, a polícia encontrou fotografias que os investigadores acreditam terem sido tiradas em Portugal, o que reforça sua convicção de que Madeleine teria sido assassinada pouco tempo após seu desaparecimento. Além disso, um computador portátil e um disco rígido oculto continham imagens explícitas envolvendo crianças e discutiam fantasias de abuso.

Entre outros objetos encontrados na fábrica, as autoridades acharam 75 trajes de banho infantis, máscaras, brinquedos, bicicletas pequenas, além de três armas de fogo e munições sem licença, e substâncias químicas possivelmente utilizadas para induzir a perda de consciência, como clorofórmio e éter.

As investigações também se concentraram nos movimentos passados do suspeito na região portuguesa do Algarve, onde Madeleine foi vista pela última vez. Um dispositivo de navegação por satélite rastreou locais que Brueckner frequentava, incluindo áreas próximas à barragem de Arade, localizada a cerca de 56 quilômetros de Praia da Luz. Fotografias encontradas mostram o homem posando nessa área, uma delas se destacando pelo conteúdo perturbador: ele aparece nu com uma máscara desenhada à mão no rosto.

Em 2023, a polícia realizou uma busca exaustiva nas proximidades dessa barragem, coletando amostras que foram enviadas à Alemanha para análise. No entanto, não foram divulgados resultados conclusivos que liguem diretamente essa descoberta ao desaparecimento de Madeleine McCann.

Um dado relevante nesta investigação provém de um documento em posse das autoridades que conecta Brueckner a um suposto comentário sobre o caso. Trata-se de uma reclamação de seguro vinculada a um incidente ocorrido em março de 2008 na localidade de Órgiva, Espanha, onde o homem teria feito uma declaração incriminatória durante um evento. Helge Busching, um informante que conviveu com Brueckner em um festival da época, assegurou ao jornal alemão Bild que naquela ocasião o suspeito lhe disse: “Sim, ela não gritou”. Essas palavras foram interpretadas como uma referência direta a Madeleine.

No entanto, Brueckner desconsiderou este e outros testemunhos semelhantes de dentro da prisão, onde cumpre uma pena de sete anos por um estupro cometido no Algarve em 2005. Em uma carta publicada pelo Daily  Mail, o acusado classificou as declarações de Busching como “indignas de comentário”.

Enquanto isso, o caso continua gerando investimentos econômicos significativos. A Operação Grange, a equipe da Polícia Metropolitana do Reino Unido encarregada de investigar o desaparecimento de Madeleine, recebeu ao longo dos anos cerca de 13,5 milhões de libras esterlinas para este trabalho. Em sua mais recente alocação orçamentária, o Ministério do Interior aprovou 108.000 libras adicionais em abril deste ano, embora isso represente um corte de 44% em relação ao ano anterior. O montante destinado tem gerado questionamentos sobre a sustentabilidade dos esforços, considerando a falta de prisões ou acusações definitivas.

Apesar das especulações, os pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, continuam buscando respostas. Em uma carta enviada pelo promotor Wolters, eles foram informados sobre as provas coletadas pela polícia alemã que supostamente confirmam a morte da menina, embora os detalhes precisos não tenham sido compartilhados pelas autoridades.

Mantendo um perfil midiático discreto, os McCann observaram no mês passado duas datas significativas no calendário: o 18º aniversário do desaparecimento de Madeleine e seu 22º aniversário. Embora ainda não haja um desfecho para o caso, tanto as autoridades britânicas quanto alemãs asseguram que as investigações continuam ativas.

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