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MUNDO Sábado, 17 de Maio de 2025, 10:54 - A | A

Sábado, 17 de Maio de 2025, 10h:54 - A | A

1 MILHÃO DE ASSINATURAS

Petição contra terapia de conversão na UE mobiliza multidão e pressiona Comissão Europeia

As chamadas terapias de conversão são práticas que visam mudar a orientação sexual ou identidade de gênero de pessoas gays, lésbicas, bissexuais e transgênero.

Da Redação

 

Uma petição lançada para proibir a chamada terapia de conversão contra pessoas LGBTQIA+ na União Europeia superou a marca de 1 milhão de assinaturas até a tarde desta sexta-feira (16/5). A mobilização contou com o apoio de personalidades políticas e culturais, como o ex-primeiro-ministro francês Gabriel Attal e a cantora belga Angèle, e segue aberta até este sábado (17/5).

 

A iniciativa, encabeçada por Mattéo Garguilo, um estudante francês de 21 anos, pede que a Comissão Europeia tome posição pública sobre o tema. Embora o volume de assinaturas obrigue o órgão a responder formalmente, não há garantia de que a proposta vire lei, já que o mecanismo de petição europeia não tem efeito vinculativo.

 

As chamadas terapias de conversão são práticas que visam mudar a orientação sexual ou identidade de gênero de pessoas gays, lésbicas, bissexuais e transgênero. Elas incluem desde métodos psicológicos coercitivos até procedimentos extremos, como sessões de exorcismo, eletrochoques e outras formas de violência física e emocional.

 

De acordo com a ILGA (International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex Association), apenas oito países da UE proíbem completamente essas práticas: França, Bélgica, Chipre, Alemanha, Malta, Portugal, Espanha e Grécia.

 

“Essa petição corajosa rompe o silêncio”, declarou Garguilo, destacando o potencial de impacto da campanha. Já Gabriel Attal, que é abertamente homossexual, afirmou: “A terapia de conversão deve ser proibida em toda a Europa”.

 

A cantora Angèle também se manifestou: “Faltam poucas horas para assinar. Essa violência precisa acabar”. Políticos de esquerda, como Jean-Luc Mélenchon, também aderiram ao movimento.

 

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já havia sinalizado, em setembro de 2024, a criação de uma estratégia europeia voltada para a igualdade LGBTQIA+, com ênfase na proibição definitiva das terapias de conversão a partir de 2025.

 

Em 2020, um relatório apresentado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU classificou a terapia de conversão como forma de tortura.

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