Claro — segue a matéria formatada com chapéu, título e subtítulo:
Em um movimento que promete redesenhar o equilíbrio de forças no Oriente Médio e a corrida pela supremacia tecnológica global, Donald Trump e Mohammed bin Salman formalizaram nesta terça-feira, 13, em Riad, um pacto econômico e militar avaliado em US$ 600 bilhões. O acordo, apresentado como a maior parceria bilateral já firmada entre Estados Unidos e Arábia Saudita, foi celebrado diante de executivos das maiores corporações americanas.
O Fórum de Investimentos Saudita-EUA reuniu nomes como Elon Musk (Tesla e SpaceX), Sam Altman (OpenAI), Larry Fink (BlackRock), Stephen Schwarzman (Blackstone), Jensen Huang (NVIDIA) e Andy Jassy (Amazon), além de representantes de Boeing, Citigroup, IBM e Google.
O pacote contempla US$ 142 bilhões em vendas de armamentos, estabelecendo um recorde histórico, além de US$ 20 bilhões em aportes para inteligência artificial, US$ 14,2 bilhões para turbinas energéticas e US$ 4,8 bilhões para aeronaves Boeing 737-8.
Durante o evento, Trump enfatizou que a aliança com Riad será crucial para a geração de empregos nos EUA e o fortalecimento de cadeias produtivas em setores estratégicos. Para a Arábia Saudita, os acordos representam um pilar da Visão 2030, projeto ambicioso que busca diversificar a economia saudita e transformar o reino em polo de inovação e logística.
Além do impacto econômico, o pacto tem implicações geopolíticas de grande alcance. Ao reforçar seu vínculo militar e tecnológico com Washington, Mohammed bin Salman busca consolidar a liderança regional saudita diante do Irã e de rivais como Turquia e Qatar. A ausência de avanços no processo de normalização com Israel, travado pela recusa de Benjamin Netanyahu em aceitar um cessar-fogo duradouro em Gaza, impõe limites à coalizão antiteerã pretendida por Washington.
O acordo também representa um reposicionamento estratégico de Riad frente à China e à Rússia, parceiros comerciais e energéticos de peso nos últimos anos. O gesto sinaliza um possível realinhamento diplomático e econômico, com impacto direto na OPEP+ e nas articulações do Conselho de Segurança da ONU.
Críticas vieram de organizações internacionais e opositores, que denunciaram a ausência de qualquer referência pública a direitos humanos, repressão política ou ao assassinato do jornalista Jamal Khashoggi. Ainda assim, o encontro marcou o início da segunda presidência de Trump com um gesto claro: reafirmar a primazia americana em tecnologia e defesa por meio de alianças estratégicas no Oriente Médio.