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MUNDO Sexta-feira, 06 de Junho de 2025, 11:02 - A | A

Sexta-feira, 06 de Junho de 2025, 11h:02 - A | A

BARBÁRIE

Adolescente é assassinada por se recusar a abortar; espancada e queimada

María Fernanda Benítez, de 17 anos, foi queimada viva em um crime premeditado envolvendo o namorado e uma cúmplice

Da redação

 

 

A cidade de Coronel Oviedo, no Paraguai, amanheceu de luto nesta semana após a confirmação de um crime brutal que tem causado comoção nacional e internacional. A jovem María Fernanda Benítez, de 17 anos, grávida de aproximadamente três meses, foi assassinada pelo próprio namorado, também de 17, com a participação direta de Mikahela Chiara Yasy Rolón Melgarejo, de 19 anos, amiga do rapaz.

 

Segundo a polícia, o motivo do crime foi a recusa da adolescente em interromper a gestação. Diante da negativa, os dois planejaram sua morte de forma cruel. Trocas de mensagens entre os envolvidos revelam que o casal e a cúmplice cogitaram diferentes formas de provocar um aborto à força, como o uso de veneno e até a injeção de ar nas veias. Sem sucesso nas tentativas, os autores partiram para a violência.

 

María Fernanda foi golpeada na cabeça e, em seguida, teve o corpo incendiado em um terreno baldio localizado em frente à casa do namorado. A autópsia confirmou que a jovem foi queimada ainda viva, com a causa da morte sendo intoxicação por monóxido de carbono.

 

A gravidade e a frieza do caso levaram o presidente em exercício do Paraguai, Pedro Alliana, a convocar uma coletiva de imprensa, onde anunciou a criação de uma força-tarefa especial para acompanhar a investigação. Uma Cúpula dos Três Poderes foi marcada para discutir medidas de enfrentamento à violência de gênero no país. Em sinal de luto, as autoridades de Coronel Oviedo decretaram luto distrital.

 

O crime expôs, mais uma vez, a urgência de ações concretas contra o feminicídio e a violência obstétrica na América Latina, além de acender um debate sobre os direitos das mulheres e a proteção à vida no Paraguai.

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