A capital da Ucrânia, Kiev, e diversas outras cidades do país foram alvos de um intenso bombardeio russo na madrugada desta sexta-feira (6). De acordo com autoridades ucranianas, três socorristas morreram e pelo menos 49 pessoas ficaram feridas nos ataques, que também deixaram danos em prédios residenciais, na rede de energia e no sistema de transporte da capital.
O ataque, considerado um dos mais pesados desde o início da guerra, veio na esteira de uma ofensiva ucraniana com drones que destruiu bombardeiros estratégicos em solo russo. Segundo o governo ucraniano, a Rússia lançou 407 drones — um dos maiores números registrados até hoje — além de 45 mísseis de cruzeiro e balísticos, atingindo alvos civis e infraestrutura essencial.
O ministro do Interior da Ucrânia, Ihor Klymenko, confirmou que as três vítimas fatais em Kiev eram socorristas que tentavam conter os danos em um dos locais atingidos. No restante do país, dezenas de pessoas ficaram feridas.
“Durante a noite, a Rússia ‘respondeu’ à destruição de suas aeronaves atacando civis na Ucrânia. Prédios de vários andares foram atingidos e a infraestrutura de energia foi danificada”, declarou o ministro das Relações Exteriores, Andrii Sybiha, em uma rede social.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a cobrar apoio mais efetivo do Ocidente e pediu que os aliados aumentem a pressão contra Moscou diante da escalada nos ataques.
Em Kiev, o sistema de metrô foi parcialmente suspenso após os trilhos entre duas estações serem atingidos. A empresa ferroviária estatal também precisou desviar trens em razão de danos fora da capital.
O ataque acontece após o presidente russo, Vladimir Putin, ter sinalizado, por meio de comunicado transmitido ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que Moscou retaliaria as recentes ações ucranianas em território russo.
As autoridades ucranianas seguem contabilizando os danos e o número de feridos, enquanto novas ofensivas não são descartadas para as próximas horas.
