Apontada em investigações sobre o Terceiro Comando Puro (TCP), a travesti Luana Rabelo, também conhecida como Mulher-Gato, declarou nas redes sociais que pretende buscar na Justiça o direito à partilha dos bens deixados por Thiago da Silva Folly, o TH, um dos principais líderes da facção, morto durante uma operação do BOPE no Morro do Timbau, no Rio de Janeiro.
A declaração foi feita após a morte do traficante na última terça-feira (13/5). Segundo Luana, sua relação com TH ia além do envolvimento amoroso ou sexual. Ela afirmou ter vivido momentos difíceis ao lado do criminoso e que, por isso, considera justo reivindicar parte do patrimônio acumulado por ele. “Estive com ele nos momentos mais difíceis. Fiz parte da caminhada. Não vou sair de mãos vazias agora”, desabafou em vídeo publicado em suas redes sociais.
A Mulher-Gato ficou conhecida por sua presença em bailes funk organizados no Complexo da Maré, especialmente no chamado “Baile da Disney”, frequentado por integrantes do TCP. Ela foi presa em 2021 pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, acusada de roubo. Na época, a polícia já investigava sua possível ligação com o tráfico local, com base em informações encontradas em seu celular.
De acordo com o Metrópoles, TH era considerado um dos criminosos mais perigosos e procurados do estado. Ele foi monitorado por cerca de oito meses pelas forças de segurança até ser localizado. Conforme a Polícia Militar, o chefe do tráfico estava escondido em um bunker e acabou morto ao tentar fugir da estrutura subterrânea.
Ainda segundo a PM, TH teve envolvimento direto na morte de dois agentes do BOPE, em julho de 2024. “Era uma liderança criminosa perigosa, com várias anotações, um verdadeiro narcoterrorista”, disse o comandante da corporação.
