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MUNDO Terça-feira, 13 de Maio de 2025, 15:23 - A | A

Terça-feira, 13 de Maio de 2025, 15h:23 - A | A

AOS 89 ANOS

Morre Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai

Agricultor, escritor e uma das figuras mais emblemáticas da política latino-americana, Mujica foi presidente do Uruguai entre 2010 e 2015.

 

Faleceu nesta terça-feira (13/5), aos 89 anos, o ex-presidente do Uruguai José “Pepe” Mujica, em decorrência de um câncer no esôfago. Agricultor, escritor e uma das figuras mais emblemáticas da política latino-americana, Mujica foi presidente do Uruguai entre 2010 e 2015.

 

O diagnóstico da doença ocorreu em abril de 2024. Em janeiro de 2025, Mujica anunciou publicamente que o câncer havia se espalhado e, diante da idade avançada e do estado debilitado de saúde, decidiu não se submeter a tratamentos agressivos. Em tom de despedida, afirmou:

“O que peço é que me deixem em paz. Que não me peçam mais entrevistas nem nada. Meu ciclo já terminou. Sinceramente, estou morrendo. E o guerreiro tem direito ao seu descanso”, declarou ao jornal uruguaio Búsqueda.

 

Trajetória de luta

Nascido em 20 de maio de 1935, em Montevidéu, Mujica era filho de Demétrio Mujica Terra, pequeno agricultor que enfrentou dificuldades financeiras, e de Lucy Cordano. Chegou a iniciar um curso de Direito no Instituto Alfredo Vásquez Acevedo, mas não o concluiu. Iniciou a militância política no Partido Nacional na juventude, e, em 1962, fundou o grupo Unión Popular.

 

Na década de 1970, engajou-se na luta armada contra a ditadura como integrante do grupo Tupamaros. Foi preso quatro vezes ao longo de 13 anos, sofreu tortura e chegou a ser baleado com seis tiros.

 

Presidência e legado

Ao assumir a presidência, prometeu priorizar educação, segurança, meio ambiente e energia.

Seu governo ficou marcado por avanços progressistas, como a descriminalização do aborto e a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

 

Reconhecido mundialmente por sua simplicidade e discurso voltado à justiça social, Mujica vivia em uma chácara nos arredores da capital e doava grande parte de seu salário como presidente. Era frequentemente chamado de “o presidente mais humilde do mundo”.

 

Sua morte encerra um ciclo de resistência, austeridade e coerência política que marcou gerações e inspirou líderes de todo o continente.

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