O Japão registrou, na manhã desta quarta-feira (30), horário local, a chegada do primeiro tsunami provocado pelo terremoto de magnitude 8,7 que atingiu o leste da Rússia na noite anterior. Ondas de cerca de 30 centímetros alcançaram a ilha de Hokkaido, no norte japonês. A emissora estatal NHK alertou que novas ondas podem ser muito maiores.
A Agência Meteorológica do Japão informou que ondas de até três metros são esperadas ao longo de toda a costa norte e leste do país, incluindo regiões ao sul, como Wakayama, próximo a Osaka. Como medida de segurança, trabalhadores da usina nuclear de Fukushima foram evacuados.
"Evacuamos todos os trabalhadores e funcionários", informou uma porta-voz da TEPCO, empresa responsável pela planta nuclear desativada desde 2011, quando um tsunami causado por um terremoto de magnitude 9 resultou no maior desastre nuclear do país. Na ocasião, três dos seis reatores derreteram, liberando radiação e obrigando mais de 164 mil pessoas a deixarem suas casas.
O terremoto que desencadeou o alerta atual ocorreu às 20h25 (horário de Brasília) de terça-feira (29), com epicentro a cerca de 136 quilômetros da cidade de Petropavlovsk-Kamchatskiy, na península russa de Kamchatka, a uma profundidade de 19 quilômetros, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
A imprensa estatal da Rússia relatou que várias pessoas ficaram feridas na região e o governador de Kamchatka, Vladimir Solodov, pediu que a população mantenha distância da costa. Pelo menos seis réplicas foram registradas, incluindo uma de magnitude 6,9 e outra de 6,3.
O alerta de tsunami foi emitido para todos os países banhados pelo Oceano Pacífico, e autoridades seguem monitorando a evolução do fenômeno.
