O governo da Argentina anunciou nesta segunda-feira (28) que deu início ao processo de adesão ao Visa Waiver Program (VWP), programa dos Estados Unidos que permite a entrada de estrangeiros sem necessidade de visto para turismo ou negócios por até 90 dias. A medida, caso aprovada, beneficiará milhões de argentinos que poderão viajar aos EUA mediante apenas o preenchimento de um formulário online.
O anúncio foi feito após uma reunião na Casa Rosada entre o presidente Javier Milei e a secretária do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem. Segundo nota oficial da presidência, a assinatura de uma carta de intenções marca o primeiro passo para a reintegração da Argentina ao programa, do qual o país fez parte até 2002.
“A República Argentina iniciou o processo de incorporação no Visa Waiver Program, que, ao terminar com êxito, permitirá que milhões de argentinos possam viajar aos EUA sem necessidade de visto, posicionando a Argentina em um seleto grupo com este privilégio”, afirmou o comunicado.
A aprovação definitiva depende da avaliação das autoridades de segurança dos Estados Unidos, que exigem o cumprimento de critérios técnicos como acordos de troca de informações criminais e biométricas. Noem destacou o papel da Argentina como aliada estratégica: “Sob a liderança do presidente Javier Milei, a Argentina está se tornando uma aliada ainda mais forte dos Estados Unidos — mais comprometida do que nunca com a segurança das fronteiras de ambas as nossas nações.”
Dados do Departamento de Segurança Interna apontam que a Argentina possui hoje a menor taxa de permanência irregular entre os países da América Latina. O número de argentinos que visitaram os EUA cresceu 25% entre janeiro e abril deste ano em comparação com o mesmo período de 2024 — o maior aumento entre os 20 países com mais entradas no território americano.
Atualmente, 42 países integram o Visa Waiver Program, incluindo a maioria das nações europeias. Na América do Sul, apenas o Chile faz parte da lista.
Participaram ainda do encontro a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, e o chanceler Gerardo Werthein. Antes da reunião com Milei, Kristi Noem também assinou um acordo de cooperação em segurança com Bullrich.
