Durante solenidade realizada na manhã desta terça-feira (24) no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, afirmou que é dever do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastar da magistratura todos aqueles que comprometem a credibilidade do Judiciário.
Segundo ele, o órgão não depende de qualquer representação externa para iniciar investigações contra magistrados que, de alguma forma, mancham a imagem da Justiça brasileira.
O ministro, que está em Cuiabá para conduzir uma inspeção no Tribunal de Justiça do Estado, reforçou que a missão do CNJ é zelar pela transparência, eficiência e lisura do Poder Judiciário. A inspeção segue até sexta-feira (27) e avalia tanto os setores administrativos quanto os judiciais do TJMT.
De forma enfática, Campbell declarou que aqueles que, segundo suas palavras, “se hospedaram na magistratura para enodoá-la” precisam ser expurgados, uma responsabilidade que ele considera constitucional.
Ele fez questão de destacar, no entanto, que a maioria dos magistrados brasileiros atua de maneira correta e comprometida, alertando que as apurações são feitas de forma responsável, sem qualquer motivação política ou sensacionalismo.
O corregedor lembrou que, em 20 anos de atuação do CNJ, menos de 150 juízes foram punidos entre os mais de 18 mil magistrados que atuam no Brasil, o que, segundo ele, comprova que os casos de desvio de conduta são exceção e não regra.
A inspeção ocorre num contexto delicado para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que recentemente viu seu nome envolvido em escândalos de repercussão nacional, como o caso conhecido como “Vale-Peru”.
Atualmente, dois desembargadores Sebastião Moraes Filho e João Ferreira Filho estão afastados por suspeitas de envolvimento num esquema de pagamentos ilícitos. Além deles, os juízes Anderson Candiotto e Ivan Lúcio Amarante também foram afastados em procedimentos distintos, embora todos respondam apenas como suspeitos, sem condenações até o momento.
A ação faz parte do programa regular de fiscalização do CNJ, que visa assegurar que o sistema judiciário mato-grossense atue com qualidade, regularidade e transparência, incluindo também os cartórios extrajudiciais.
O corregedor reforçou que essa é uma medida de rotina e necessária para fortalecer a confiança da sociedade no Poder Judiciário.
ALAN 24/06/2025
Maior falta de vergonha na cara.. aposentar um juiz que virou bandida para que ele possa receber sem trabalhar os seus proventos... uma bela piada sem graça...
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