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JUDICIÁRIO Sexta-feira, 30 de Maio de 2025, 09:58 - A | A

Sexta-feira, 30 de Maio de 2025, 09h:58 - A | A

ENTENDA

Justiça suspende atividades da Associação dos Procuradores Municipais de MT por irregularidades graves

A medida atende a uma ação anulatória movida por escritórios de advocacia que destacam sérias irregularidades no estatuto da associação

ALISSON OLIVEIRA

 

Por decisão proferida pelo juiz Luís Otávio Pereira Marques, da 6ª Vara Cível de Cuiabá, a Associação dos Procuradores Municipais do Estado de Mato Grosso (APM-MT) teve seus efeitos estatutários suspensos em caráter de urgência.

 

A decisão judicial impede temporariamente a atuação da entidade, tanto em atos judiciais quanto extrajudiciais, até que sejam corrigidas falhas apontadas em sua constituição.

 

A medida atende a uma ação anulatória movida por escritórios de advocacia que destacam sérias irregularidades no estatuto da associação.

 

Entre os problemas elencados estão a ausência do endereço completo da sede, a inexistência de critérios claros para admissão e exclusão de associados, omissões sobre eventuais alterações estatutárias e a falta de identificação dos fundadores  todos requisitos básicos conforme o artigo 54 do Código Civil.

 

Além das inconsistências formais, a legitimidade da atual diretoria também está sob suspeita.

 

A eleição que a elegeu ocorreu fora do prazo previsto no próprio estatuto da entidade e foi realizada virtualmente, fato que, segundo a decisão, compromete sua validade legal.

 

Com isso, a associação encontra-se temporariamente impedida de representar os procuradores municipais, até que suas pendências legais sejam sanadas.

 

A crise institucional é agravada pelas investigações que envolvem o presidente da APM-MT, Yann Dieggo Timotheo de Almeida.

 

Ele responde a um Processo Administrativo Disciplinar instaurado pela Prefeitura de Campinápolis, sob suspeita de omissão no exercício de suas funções públicas, incluindo falhas graves como a perda de prazos processuais.

 

As acusações contrastam com sua atuação enquanto dirigente da associação, onde protagonizou ações judiciais contra atos administrativos municipais.

 

No campo penal, Yann é réu em uma ação movida pelo Ministério Público Federal, acusado de denunciação caluniosa e associação criminosa. Segundo a denúncia, ele teria participado de um esquema para atribuir falsamente crimes a terceiros.

 

Paralelamente, também firmou acordo com o Ministério Público Estadual para a devolução de mais de R$ 18 mil aos cofres públicos, valor recebido indevidamente por progressões salariais irregulares.

 

Procurados para comentar os fatos, tanto a entidade quanto seu presidente não se manifestaram até o fechamento desta reportagem.

 

A suspensão imposta pela Justiça e as diversas frentes de investigação colocam em xeque a representatividade e a integridade da APM-MT, enquanto se aguarda a regularização estatutária e os desdobramentos legais relacionados ao seu principal dirigente.

 

 

 

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