A Justiça de Mato Grosso marcou para o dia 25 de setembro, às 9h, o julgamento do ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, que será submetido a júri popular pelo assassinato da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos. O crime ocorreu em agosto de 2023, em Cuiabá.
A data foi definida após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitar o pedido da Defensoria Pública que tentava impedir o julgamento e obter a absolvição sumária do réu.
A defesa alega que Almir sofre de transtornos mentais e, por isso, deveria ser considerado inimputável. No entanto, o ministro Otávio de Almeida Toledo considerou os argumentos genéricos e descartou o recurso.
Almir responde por feminicídio, estupro, ocultação de cadáver e fraude processual. Segundo a investigação, Cristiane foi morta após recusar manter relações sexuais com o ex-PM.
A Polícia Civil apurou que Almir espancou e asfixiou a vítima após o desentendimento. O casal havia se conhecido na noite anterior, em um bar da Capital.
Após o assassinato, ele manteve o corpo da advogada em sua casa por cerca de seis horas. Na manhã do dia seguinte, colocou o corpo no carro da vítima e o abandonou no estacionamento do Parque das Águas. Para tentar construir um álibi, Almir voltou para casa usando um carro por aplicativo e, em seguida, chamou a namorada para sua residência.
O corpo de Cristiane foi descoberto pelo irmão, que a encontrou deitada no banco do passageiro, com óculos escuros. Sem saber da morte, ele conduziu o veículo até o Complexo Hospitalar de Cuiabá, onde a equipe médica constatou o óbito.
