O juiz Fábio Petengill, da 2ª Vara Criminal de Lucas do Rio Verde (354 km de Cuiabá), decretou a prisão preventiva do empresário Jorlan Cristiano Ferreira, 44 anos, assassino confesso da mulher trans Mayla Rafaela Martins, 22 anos.
O magistrado citou a necessidade de garantia da ordem pública diante da gravidade do crime e do risco que a liberdade do empresário pode oferecer a sociedade nesta atual fase processual.
“No que se refere à gravidade concreta do crime, vislumbro que o flagranteado teria friamente arquitetado um plano para ceifar a vida da vítima, apenas pelo fato dela, em tese, ter furtado valores em dinheiro do estabelecimento comercial”, diz um dos trechos.
Também foi citado o perfil frio e calculista do empresário para cometer o crime. “A capacidade de tirocínio, a ‘calma’ em executar todas essas manobras, inclusive usando o veículo de sua esposa e não o seu próprio, veículo esse que, posteriormente foi encaminhado a um lava jato, demonstram a concreta periculosidade do agente, o que aliado ao crime de ocultação de cadáver, evidenciam, inclusive, que ele não possuía a intenção de se entregar à autoridade policial, e pretendia enterrar o crime com o ‘sumiço’ da vítima, demonstrando o grau de concreto risco do agente à ordem social e à aplicação da lei penal”, destacou.
“Se a morte de Mayla decorreu de uma vendeta arquitetada pelo custodiado ou se deu-se por um rompante de ódio de um homem que durante a madrugada procurava satisfação sexual é algo que ainda se acha nebuloso, mas o certo é que o agir, qual seja a motivação, no ante e no pós crime, revelou uma personalidade fria, calculista e extremamente violenta”, concluiu.