O assassinato do advogado Renato Nery, ocorrido em julho de 2024 em Cuiabá, foi resultado de uma operação cuidadosamente arquitetada por uma organização criminosa dividida em quatro núcleos, segundo revelou o Ministério Público Estadual (MPE) na denúncia oficial do caso.
A vítima foi baleada na cabeça quando chegava ao seu escritório na Avenida Fernando Corrêa da Costa, vindo a falecer no dia seguinte após ser internada em estado grave.
De acordo com a denúncia assinada pelo promotor Henrique Pugliesi, o primeiro núcleo identificado é o “comando”, composto por mandantes com interesses contrariados após Nery vencer uma disputa fundiária milionária.
Embora os nomes não sejam mencionados no documento, a Polícia Civil aponta o casal César Jorge Sechi e Julinere Goulart Bentos como os responsáveis por encomendar o homicídio. Ambos estão presos desde maio deste ano.
O segundo grupo, classificado como “núcleo de intermediação”, ficou responsável por articular o crime entre os mandantes e o executor.
Este papel teria sido desempenhado pelo policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, que organizou os detalhes logísticos, como a escolha da arma e o local de abrigo após o crime.
Na execução propriamente dita, o “núcleo operacional” foi representado por Alex Roberto de Queiroz Silva, que confessou ter sido o autor dos disparos que vitimaram o advogado. O quarto e último grupo, o “núcleo de obstrução”, foi encarregado de tentar mascarar o crime.
Nele estão os policiais militares Jorge Rodrigo Martins, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Leandro Cardoso, denunciados por tentar forjar um confronto com o objetivo de plantar a arma do crime junto a terceiros, dias após o assassinato.
Os quatro policiais também respondem por organização criminosa, abuso de autoridade, porte ilegal de arma de uso restrito e falsidade ideológica.
A denúncia descreve uma estrutura criminosa complexa e bem coordenada, com divisão clara de tarefas e o objetivo de assegurar vantagens mediante a prática de crimes graves.
Toty 13/06/2025
Os policiais são membros da organização criminosa e não entendo o porque estão soltos....Se os quatro policiais também respondem por organização criminosa, abuso de autoridade, porte ilegal de arma de uso restrito e falsidade ideológica e estão soltos e porque houve algo né, fica a dica, esses tem que ficar preso e isso sim, são bandidos.
ALAN 13/06/2025
É só não comprar sentença judicial... Não tem inocente ai... Enquanto isso TJMT dos Horrores só que solidifica sua reputação...
2 comentários