A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos atribui o prejuízo bilionário registrado em 2024 à chamada “taxa das blusinhas”, que diz ter sido “uma demanda do varejo nacional que teve impacto positivo para o setor, mas negativo para os Correios”.
O resultado financeiro, com um rombo de R$ 2,6 bilhões, foi divulgado na edição da última sexta-feira (9/5) do Diário Oficial da União (DOU). O prejuízo foi quatro vezes maior que o de 2023, quando foi registrado um rombo de R$ 597 milhões.
Em nota (leia a íntegra abaixo), a empresa disse enfrentar um “legado de sucateamento com investimentos e modernização” e frisou que, mesmo com o prejuízo, foram investidos R$ 830 milhões no último ano, renovando frota, modernizando a infraestrutura e ampliando sua capacidade tecnológica.
Medidas para conter gastos
Nesta segunda-feira (12), a empresa anunciou aos empregados um conjunto de medidas para conter gastos. No documento, os Correios reforçam que o desempenho do ano passado “é reflexo, principalmente, da queda nas receitas com encomendas internacionais – impactadas por mudanças no mercado – e do aumento nas despesas da empresa, com destaque para precatórios e contingências judiciais”.
A empresa presidida por Fabiano Silva dos Santos estima que o plano de redução de despesas gere economia de até R$ 1,5 bilhão em 2025.
Além disso, os Correios firmaram parceria com o New Development Bank (NDB) para captar R$ 3,8 bilhões em investimentos. O processo está em andamento.
Prejuízo nos Correios
A empresa estatal encerrou 2024 com um prejuízo de R$ 2,6 bilhões.
O prejuízo é quatro vezes maior do que o registrado no ano anterior, que foi de R$ 597 milhões.
É a primeira vez desde 2016 que os Correios apresentam um prejuízo bilionário em suas operações. Na época, a companhia ficou no vermelho em R$ 1,5 bilhão (o equivalente a R$ 2,3 bilhões, em valores atualizados)