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BRASIL Quinta-feira, 15 de Maio de 2025, 09:57 - A | A

Quinta-feira, 15 de Maio de 2025, 09h:57 - A | A

VIOLÊNCIA

Dono de padaria é executado após se recusar a pagar “taxa da farinha” para milicianos no Rio

Crime ocorreu em plena luz do dia na Comunidade Nova Jersey, em Paciência; polícia investiga ligação com grupo paramilitar liderado por Naval

Da Redação

 

 

Um comerciante de 43 anos foi assassinado a tiros na tarde do dia 14 de março, na Comunidade Nova Jersey, em Paciência, zona oeste do Rio de Janeiro, após se recusar a pagar a chamada “taxa da farinha” imposta por milicianos da região. A execução aconteceu em plena luz do dia e chocou moradores e comerciantes locais.

De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital, a principal linha de investigação aponta para a atuação de grupos paramilitares que, há meses, controlam a venda de farinha de trigo na região. Os criminosos obrigam comerciantes a comprar o produto diretamente com eles — mais caro e de qualidade inferior — sob ameaça de represálias violentas.

O caso foi confirmado pelas autoridades poucos meses após uma reportagem exclusiva do Grupo Bandeirantes, em abril, revelar o esquema. Segundo a apuração, milicianos têm ampliado suas atividades para além da cobrança de taxas de segurança e gás, passando a controlar o fornecimento de itens básicos para panificadoras e mercados.

A Comunidade Nova Jersey é uma das áreas dominadas por milicianos que antes atuavam sob o comando de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, preso pela Polícia Federal no ano passado. Atualmente, a região está sob o domínio de um criminoso conhecido como Naval, apontado como o novo chefe do maior grupo paramilitar do estado.

Considerado violento e responsável por diversos homicídios, Naval é alvo de investigações da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro. Até o momento, a Delegacia de Homicídios segue em busca de identificar o autor dos disparos que vitimaram o padeiro.

Moradores relatam viver sob constante medo, sem liberdade para denunciar. "Aqui ninguém fala, ninguém vê. Quem se opõe, desaparece", contou um comerciante local sob condição de anonimato.

O caso reforça o avanço do poder miliciano em áreas periféricas da capital, onde o crime organizado tem imposto controle econômico, social e territorial sobre a população.

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