Em uma análise detalhada e incisiva, o ex-governador do Rio de Janeiro, Antony Garotinho, revelou durante uma conversa em seu blog os bastidores da política que, segundo ele, capturou o comando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Garotinho traçou um mapa de conexões, nomes e históricos que, segundo sua análise, comprovariam como a família Sarney, liderada pelo ex-presidente José Sarney, e o ex-senador Romero Jucá assumiram o controle da entidade máxima do futebol brasileiro.
De acordo com Garotinho, a movimentação teria sido cuidadosamente articulada, envolvendo figuras tradicionais da política brasileira com longa trajetória de influência nos bastidores do poder. O ex-governador cita diretamente José Sarney, seu filho Fernando Sarney — que hoje ocupa uma das vice-presidências da CBF — e Romero Jucá, ex-senador e ex-líder dos governos Sarney, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma no Senado.
Garotinho aponta ainda que três nomes estão, de fato, no comando da CBF e serão os responsáveis pela administração dos mais de R$ 2,5 bilhões que circulam anualmente na entidade. Segundo ele, esse trio é formado por:
• Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney e atual vice-presidente da CBF;
• Romero Jucá, ex-senador e histórico articulador político do chamado Centrão;
• Flávio Zveiter, advogado, membro de uma das famílias mais influentes do Judiciário desportivo brasileiro, com longa trajetória no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Garotinho faz questão de destacar que essa composição não é fruto do acaso, mas de um arranjo político estruturado, que espelha exatamente o modus operandi da velha política brasileira: domínio de instituições estratégicas, captura de orçamentos bilionários e controle absoluto de espaços de poder.
Durante sua análise, Antony Garotinho detalha os vínculos, as articulações históricas e os caminhos pelos quais esses atores se posicionaram até tomar o controle da CBF, uma das entidades mais poderosas do país, tanto do ponto de vista econômico quanto institucional.
O orçamento da CBF, segundo Garotinho, é superior a R$ 2,5 bilhões anuais, um montante que, na avaliação do ex-governador, está agora sob o comando direto desse núcleo político que há décadas transita pelos bastidores do poder no Brasil, tanto na esfera pública quanto privada.