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POLÍTICA MT Domingo, 25 de Maio de 2025, 13:26 - A | A

Domingo, 25 de Maio de 2025, 13h:26 - A | A

ENTENDA

Jayme Campos pode ser candidato da esquerda ao governo com apoio de Lula, afirma ex-deputado

A informação foi revelada pelo ex-deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), durante entrevista concedida à imprensa de Mato Grosso.

 

Uma articulação política que envolve o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o senador Jayme Campos (União Brasil) pode redesenhar completamente o tabuleiro eleitoral de Mato Grosso. A informação foi revelada pelo ex-deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), durante entrevista concedida à imprensa de Mato Grosso. As informações foram publicadas pelos portais Estadão Mato Grosso e Olhar Direto.

 

De acordo com Fabris, há uma construção política, que partiu do próprio presidente Lula, para que Jayme Campos se filie ao MDB e encabece uma chapa ao governo de Mato Grosso com apoio direto do PT, do presidente Lula e dos partidos que compõem a base do governo federal.

 

“Eu sugeriria que Jayme Campos fosse candidato de centro. Inclusive, sugeri que ele fosse para o MDB e fosse candidato, teria todo o nosso apoio. Numa conversa com o presidente Lula lá atrás, ele disse isso: ‘Se Jayme for para o MDB, terá nosso apoio’”, revelou Gilmar Fabris durante coletiva antes do lançamento do programa Solo Vivo, em Campo Verde, evento que contou com a presença do presidente Lula e do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD).

 

A declaração de Fabris, no entanto, reflete claramente o comportamento fisiológico, característico dos políticos que compõem o chamado Centrão no Congresso Nacional — grupo no qual o PSD é um dos principais pilares. Com uma atuação marcada pela ausência de compromisso ideológico fixo, Fabris deixou evidente que sua orientação política flutua conforme os interesses do momento.

 

“Eu perguntei ao Kassab [presidente do PSD]: Nós somos esquerda ou direita? Ele respondeu: ‘Você é 13?’ Eu falei não. ‘Você é 22?’ Eu falei não. ‘Então você é 55. Nós somos centro’. Aqui nós aceitamos voto da esquerda, da direita e do centro”, afirmou Fabris, escancarando uma prática característica do centrão: transitar entre campos ideológicos opostos, buscando espaços de poder de acordo com cenário e atores políticos.

 

Quando questionado se essa composição não configuraria uma candidatura de esquerda, Fabris tentou fugir desse rótulo, alegando que não se trata de alinhamento ideológico, mas de uma construção de centro.

 

Segundo especialistas, uma composição que colocasse o nome de Jayme Campos no arco de alianças do deputado Lúdio Cabral (PT) ou, ainda, Jayme à frente de um projeto com apoio direto do presidente Lula e do PT, configuraria, uma candidatura alinhada à esquerda. Isso porque não há como dissociar o alinhamento ao Partido dos Trabalhadores, seus projetos e sua base política, da defesa dos valores e da ideologia de esquerda.

 

O próprio histórico de Jayme Campos comprova essa inclinação. O senador foi um dos apoiadores de peso da candidatura de Lula em Mato Grosso nas eleições de 2022, tendo participado, inclusive, das comemorações pela vitória do presidente petista no estado, o que confirma publicamente sua aproximação política com a esquerda e com os projetos do governo Lula.

 

Além disso, segundo Fabris, caso a estratégia de levar Jayme para o MDB não se concretize, Lula já sinalizou que poderá formar uma chapa pura da esquerda, aproveitando-se da fragmentação da direita em Mato Grosso.

 

“O presidente Lula falou: vamos de chapa pura. Por quê? Porque numa das candidaturas anteriores, o Lúdio teve 37% para o governo. Do jeito que está a direita, com 200 candidatos — Balbinotti, Wellington Fagundes, Otaviano Pivetta —, eu não sei como eles vão fazer. Corre o risco de irmos até o segundo turno”, disse Fabris.

 

Atualmente, figuram como possíveis pré-candidatos ao governo de Mato Grosso o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), o senador Wellington Fagundes (PL) e o produtor rural Odílio Balbinotti (sem partido), todos com perfis ligados ao campo conservador.

 

As informações foram obtidas a partir de entrevistas concedidas à imprensa de Mato Grosso, com dados também retirados dos portais Estadão Mato Grosso e Olhar Direto.

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