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POLÍTICA NACIONAL Terça-feira, 17 de Junho de 2025, 09:14 - A | A

Terça-feira, 17 de Junho de 2025, 09h:14 - A | A

DOIS DIAS DEPOIS

PF indicia Carlos Bolsonaro após anunciar pretensão de disputa ao Senado

Investigação sobre “Abin paralela” aponta uso de software para monitorar ministros do STF, parlamentares e jornalistas sem autorização judicial

Da redação

 

A Polícia Federal indiciou nesta terça-feira (17) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) no inquérito que apura o funcionamento de uma estrutura clandestina de espionagem montada durante o governo federal, a chamada “Abin paralela”. O relatório final foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que agora avaliará os elementos reunidos pela PF.

 

De acordo com as investigações, o esquema teve início no período em que Ramagem ocupava o comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo a PF, a estrutura foi utilizada para monitorar ilegalmente autoridades do Judiciário, parlamentares, jornalistas e outras figuras públicas consideradas adversárias do então presidente Jair Bolsonaro.

 

A apuração revelou ainda que o grupo utilizava o software First Mile — sistema com capacidade de rastrear a localização de celulares por meio de redes 2G, 3G e 4G — permitindo identificar, em tempo real, a posição de alvos com base no número de telefone.

 

Entre os nomes supostamente monitorados estavam os ministros do STF Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Luiz Fux, além do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A PF sustenta que o aparato de espionagem funcionava fora dos canais oficiais da agência, sem qualquer autorização judicial e com objetivos políticos e pessoais.

 

O indiciamento de Carlos Bolsonaro ocorre dois dias após o vereador anunciar publicamente a intenção de disputar uma vaga no Senado Federal por Santa Catarina nas eleições de 2026.

 

Agora, com o relatório em mãos, caberá à Procuradoria-Geral da República decidir se apresenta ou não denúncia contra os investigados ao Supremo. Caso a denúncia seja aceita, eles poderão se tornar réus em ação penal no STF.

 

 

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