O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) anunciou que irá intensificar a pressão sobre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ampliar o orçamento destinado à reforma agrária. A demanda central do movimento é que os recursos atuais, fixados em R$ 400 milhões, sejam elevados para R$ 1 bilhão.
O pedido foi formalizado durante a Feira Nacional da Reforma Agrária, realizada até este domingo (11) no Parque da Água Branca, em São Paulo. Durante o evento, lideranças do MST entregaram suas reivindicações a parlamentares e representantes da base governista que passaram pela feira.
Segundo o MST, a verba atual é insuficiente para atender à demanda reprimida por novos assentamentos e para a aquisição de terras destinadas à agricultura familiar. O movimento tem demonstrado crescente frustração com o que considera lentidão na implementação das políticas agrárias por parte do governo federal, especialmente no que diz respeito à desapropriação de terras.
O momento da cobrança pública coincide com os esforços do Palácio do Planalto para reaproximar-se de movimentos sociais que historicamente compõem a base de apoio do Partido dos Trabalhadores. No entanto, a impaciência do MST com os avanços tímidos na área agrária tem sido um ponto de tensão.
Até o momento, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), pasta responsável pela política fundiária, não se pronunciou oficialmente sobre o pedido de ampliação orçamentária apresentado pelo movimento.
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