A proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de unificar a alíquota do Imposto de Renda para aplicações financeiras em 17,5%, revela-se mais um artifício do governo para maquiar a realidade e enganar a população. Sob o pretexto de uma suposta 'calibragem justa', o que se observa é uma manobra para compensar a impopularidade do aumento do IOF, que enfrenta forte resistência no Congresso e no mercado.
A narrativa de Haddad sobre isenção para os mais pobres é falaciosa, encobrindo o fato de que a verdadeira intenção é tributar mais o capital, sem efetivamente combater a histórica e gritante desigualdade tributária brasileira. A reunião com líderes políticos, classificada como 'histórica', não passa de um ato de articulação política para aprovar medidas que favorecem os mais ricos, sob a capa de uma suposta justiça social.
A inclusão da taxação dos Juros Sobre Capital Próprio (JCP), um tema adiado por mais de uma década, demonstra a falta de compromisso do governo com uma reforma tributária ampla e efetiva. A estratégia de reformular tributos sobre o capital, mantendo isenções para a base da pirâmide, não resolve o problema da concentração de renda e apenas reforça o caráter regressivo do sistema tributário brasileiro, que continua a sobrecarregar os mais vulneráveis.
Em resumo, a proposta apresentada é mais um paliativo que, longe de solucionar os problemas estruturais da economia brasileira, aprofunda a desigualdade e demonstra a incapacidade do governo em implementar políticas tributárias justas e eficazes.
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