O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começou a ser interrogado na tarde desta terça-feira (10/6) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em uma das fases finais da ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bolsonaro é um dos oito réus do processo e, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), integra o “núcleo crucial” da suposta conspiração golpista.
A oitiva acontece após os depoimentos do ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier; do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres; e do general Augusto Heleno — todos também réus no processo. O interrogatório de Bolsonaro ocorre sob forte expectativa política e jurídica, pois pode influenciar diretamente o desfecho do caso.
Os réus são acusados de crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Caso sejam condenados, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
A PGR sustenta que o grupo agiu para impedir a posse de Lula, por meio de um plano golpista que incluía minuta de decreto de estado de defesa, ataques às urnas eletrônicas e movimentações estratégicas nas Forças Armadas. O julgamento final deve ocorrer no segundo semestre de 2025.
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