O ex-presidente Jair Bolsonaro manifestou descontentamento com mensagens trocadas por seus ex-auxiliares Mauro Cid e Fabio Wajngarten, nas quais são feitas críticas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Os diálogos, que constam no celular de Cid e foram revelados pela Polícia Federal, incluem comentários como “prefiro o Lula” diante da possibilidade de Michelle se candidatar à Presidência da República. Wajngarten, na sequência, respondeu com um “idem”, endossando a opinião do militar.
As mensagens datam de janeiro de 2023, período em que Bolsonaro ainda estava elegível, o que aumentou a irritação do ex-chefe do Executivo.
“Diferentemente da atual primeira-dama, Michelle botava ordem na casa. Ela é quem botava ordem na casa, e o pessoal não gostava. Mas não justifica essa troca de mensagens”, declarou ele à coluna de Paulo Cappelli, do portal Metrópoles. O ex-presidente afirmou que buscará uma conversa com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, para discutir possíveis providências.
Além disso, Wajngarten encaminhou uma crítica ao salário de R$ 39 mil que Michelle recebe do PL, questionando a lógica da decisão de Valdemar. Já Cid chegou a afirmar, em áudio, que a entrada de Michelle na política a exporia a ataques por conta de sua personalidade, apesar de negar que houvesse “coisa suja” concreta contra ela.
Ainda em dezembro de 2022, pouco antes do fim do mandato, Michelle já demonstrava desconfiança em relação a Cid, após a publicação de uma reportagem negativa. Ela o questionou diretamente por mensagem: “Agiu rápido”, escreveu, sem obter resposta.
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