A senadora Margareth Buzetti (PSD) utilizou as redes sociais para prestar homenagem a Cleci Calvi Cardoso, 46 anos, e suas três filhas, Miliane, 19, Manuela, 13, e Melissa, 10, assassinadas e estupradas em um crime brutal em Sorriso (a 397 km de Cuiabá), há exatamente um ano. O caso foi o estopim para que a parlamentar elaborasse o projeto de lei que deu origem ao Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais, recentemente sancionado.
“Essa lei é de minha autoria e faz justiça a um crime bárbaro que aconteceu em Sorriso. Então, eu chamo essa lei de Mulheres Calvi Cardoso”, afirmou a senadora, em referência às vítimas.
O cadastro permitirá consulta pública dos dados de condenados por crimes sexuais, como nome, CPF e delito, após o trânsito em julgado da sentença. Para a senadora, a medida é um avanço no combate à impunidade e à proteção de criminosos.
“Chega de proteger estupradores e pedófilos. Agora é lei. Outros empregadores poderão consultar o cadastro e evitar a contratação de criminosos. Isso, para mim, é um grande passo”, declarou.
Margareth ainda destacou que, em uma primeira instância, o nome do agressor já constará nos registros processuais, combatendo o que considera “o absurdo do sigilo de Justiça em casos como este”.
Dirigindo-se ao pai e marido das vítimas, Régis Cardoso, a senadora reiterou que, embora não haja motivos para comemoração, a lei representa uma vitória para a sociedade e um tributo à memória das mulheres da família Calvi Cardoso.
O crime, que abalou a cidade e o estado de Mato Grosso, segue como símbolo da luta por justiça e segurança para as mulheres brasileiras.