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POLÍTICA MT Quinta-feira, 17 de Abril de 2025, 13:07 - A | A

Quinta-feira, 17 de Abril de 2025, 13h:07 - A | A

COMÉRCIO EXTERIOR

Mato Grosso se aproxima da China para exportar DDG e fortalecer setor do etanol

Articulação da Sedec resulta em missão internacional, memorandos com gigante chinesa Donlink e reforça potencial do Estado como fornecedor estratégico para a Ásia

 

Uma missão internacional articulada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec) marcou um passo estratégico rumo à abertura do mercado chinês para o DDG – subproduto da indústria de etanol de milho, utilizado como suplemento proteico na alimentação animal. O movimento pode redefinir o futuro da cadeia produtiva no estado, maior produtor nacional de etanol à base de milho.

 

A articulação começou na China, com a servidora pública estadual Ariana Guedes, que atua no país asiático. Foi ela quem recebeu o contato inicial do grupo Donlink, gigante chinesa do setor agroindustrial, interessada na importação de pulses – como gergelim e feijões – e, principalmente, do DDG mato-grossense. A partir desse contato, a Sedec passou a intermediar a missão da empresa ao Estado, com apoio do IPIM, Instituto chinês de promoção comercial da região de Macau.

 

A comitiva da Donlink desembarcou em Cuiabá no domingo (13.4) e, em apenas três dias, visitou instalações, conheceu o setor produtivo e firmou três memorandos de entendimento: com a própria Sedec, com a Associação dos Cerealistas de Mato Grosso (Acemat) e com a Bioind (Associação das Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso). Este último foi assinado nesta quarta-feira (16.4), com a presença do secretário César Miranda.

 

“É um momento histórico para Mato Grosso. Estamos com uma grande empresa chinesa e com a BioInd, assinando um memorando de entendimento da venda do DDG fabricado em Mato Grosso, produzido nas usinas de etanol de milho e cana-de-açúcar, para o grupo chinês. É a abertura do mercado para o nosso DDG, o mercado chinês, e, consequentemente, toda a Ásia. Esse é o trabalho do Governo de Mato Grosso unindo a iniciativa privada brasileira e a iniciativa privada chinesa”, destacou o secretário.

 

A assinatura do memorando com a Bioind tem valor estratégico, pois pode ser usada pela Donlink como argumento oficial junto ao governo chinês para acelerar a abertura do mercado ao DDG brasileiro. Atualmente, a China consome cerca de 7 milhões de toneladas por ano do produto, mas não importa o DDG do Brasil devido à ausência de um acordo sanitário entre os países.

 

“O papel da Sedec foi de articulação e ponte entre os interesses da empresa chinesa e o setor produtivo de Mato Grosso. Em pouco tempo, promovemos encontros com instituições como a Famato, Imea, Aprofir Brasil, Sebrae e empresas do setor”, explicou o coordenador de Comércio Exterior da Sedec, Leonardo Figueredo.

 

Para o diretor-executivo da Bioind, Giuseppe Lobo, o entendimento firmado nesta missão é um marco.

 

“Ao trabalharmos pela abertura do mercado para o DDG, fomentamos toda a cadeia produtiva do etanol. Mostramos para os investidores que Mato Grosso tem mercado, competitividade e que o DDG também pode ser um ativo de valorização”, afirmou.

 

Lobo reforça que o Estado já lidera a produção nacional de etanol de milho, respondendo por cerca de 80% da produção do país, e que novas oportunidades podem impulsionar a instalação de mais plantas industriais.

 

A expectativa agora é que o memorando sirva de base para tratativas diplomáticas. Uma missão brasileira deve visitar a China ainda em maio, e há também movimentações para que autoridades chinesas venham ao Brasil.

 

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