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O deputado estadual Júlio Campos fez um apelo direto à cúpula do União Brasil para que o partido agilize a definição das candidaturas à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal nas eleições de 2026.
Em entrevista concedida nesta segunda-feira (2), o parlamentar demonstrou preocupação com a falta de organização da sigla e alertou para o risco de perda de lideranças durante a janela partidária prevista para março do próximo ano.
Segundo Júlio, enquanto partidos como MDB, Podemos, PSD e PT já articulam suas chapas e atraem nomes estratégicos, o União Brasil permanece inerte. “Estamos parados, e isso pode custar caro. Se não nos movimentarmos até o fim do ano, muitos vão deixar o partido”, afirmou.
A reunião partidária marcada para hoje deve iniciar o processo de estruturação das chapas proporcionais.
O temor do deputado não é infundado. Ele mencionou que figuras importantes já sinalizam intenção de sair da legenda, como o deputado federal Coronel Assis, que deve migrar para o PL, e o estadual Dilmar Dal’Bosco, que tem planos de filiação ao PRD.
A ampliação do número de cadeiras na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa de Mato Grosso acirra ainda mais a necessidade de articulação.
“Com o aumento, precisaremos de pelo menos 31 candidatos estaduais e 11 federais. E não é fácil achar esses nomes”, ressaltou.
A reunião também discutirá a sucessão estadual. Júlio confirmou que há consenso interno de que o governador Mauro Mendes disputará uma vaga no Senado, enquanto seu irmão, Jayme Campos, será o nome do partido ao governo de Mato Grosso.
“A chapa majoritária já está formada e tem o aval da Executiva Nacional”, garantiu.
A movimentação liderada por Júlio Campos mostra que o União Brasil entra em um momento decisivo: ou reage com estratégia e coesão, ou corre o risco de enfraquecer antes mesmo do início da corrida eleitoral.