A Prefeitura de Cuiabá anunciou uma economia de aproximadamente R$ 217 milhões aos cofres públicos após revisar 881 contratos celebrados durante a administração anterior.
A informação foi confirmada nesta segunda-feira (14) pelo secretário municipal de Assuntos Estratégicos, Murilo Bianchini, durante apresentação do balanço dos seis primeiros meses da atual gestão do prefeito Abilio Brunini (PL) na Câmara Municipal.
Segundo Bianchini, a Comissão de Renegociação de Contratos, criada no início da gestão para conter os gastos públicos, descobriu que o número real de contratos era superior ao informado pela equipe anterior.
“A gestão anterior nos passou que tinha apenas 738 contratos. Revisamos todos os 881. Com a ordem do prefeito Abilio, fomos a cada secretaria conversar com os secretários, que fizeram esse estudo individualmente”, explicou.
O secretário não especificou quantos contratos foram efetivamente cancelados, mas reforçou que os serviços prestados daqui em diante deverão priorizar a eficiência e economicidade.
“Quando a gente fala que economizou em corte de contratos na esfera de R$ 217 milhões, é porque revisando os 881 contratos nós chegamos a esse número”, acrescentou.
Ainda em janeiro, logo após assumir o comando do Executivo municipal, Abilio decretou estado de calamidade financeira, apontando um passivo acumulado de cerca de R$ 2 bilhões nos últimos oito anos.
A Comissão de Renegociação foi uma das primeiras medidas adotadas para tentar reverter esse cenário. A meta inicial era reduzir R$ 100 milhões em gastos nos primeiros 100 dias, mas esse valor foi superado, chegando a R$ 138 milhões no período.
Com seis meses de mandato, o prefeito já destinou parte do superávit estimado em R$ 400 milhões para políticas públicas. “Ele já conseguiu reverter esses recursos para a cidade, garantindo alimentação e café da manhã às crianças, iniciando a construção do centro médico infantil, oferecendo gratuidade nos ônibus aos domingos e revisando a taxa do lixo”, destacou o secretário.
Bianchini ainda enfatizou que a atual gestão vem enfrentando uma herança de desorganização administrativa. “O que nós temos é uma absorção histórica de uma falta de gestão. O prefeito está agora enviando um projeto à Câmara para que possamos tratar os empresários com dignidade”, concluiu