O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou estar sofrendo ameaças contra si e sua família, e defendeu a nova lei municipal que autoriza policiais militares a atuarem em sua segurança pessoal, assim como da primeira-dama, a vereadora Samantha Iris (PL), e de seus dois filhos.
A medida, já em vigor, foi aprovada pela Câmara de Vereadores e permite que PMs lotados na Secretaria Municipal de Ordem Pública e vinculados ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) atuem na proteção dos gestores por até oito horas diárias e 120 horas mensais.
A lei foi alvo de críticas do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que questionou o uso de agentes públicos para fins considerados pessoais. Em resposta, Abilio rebateu:
— Ele está acostumado com a polícia indo atrás dele. Eu, com a polícia do meu lado.
O prefeito ainda comparou os modelos de segurança adotados nas duas gestões, afirmando que ambos contavam com proteção institucional:
— A diferença é que no caso dele era via atividade delegada. Nós estruturamos por meio de uma coordenação própria. Muda só o formato — disse, alegando que o direito à proteção é o mesmo.
"Não posso brincar com a minha segurança"
Abilio relatou que tem recebido ameaças constantes, tanto à sua integridade física quanto à de sua família. Ele também afirmou estar enfrentando interesses de grandes grupos econômicos e contratos milionários da gestão anterior.
— Não posso brincar com a minha segurança, nem com a dos meus filhos e da minha esposa — declarou.
Segundo o prefeito, o GSI tem monitorado as ameaças. Ele citou tentativas de invasão de celular, clonagem de WhatsApp e abordagens suspeitas durante agendas públicas:
— A gente sabe com quem está lidando. Não vou fragilizar minha segurança por causa de uma narrativa política. Isso eu não vou fazer — concluiu.