O corpo da adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, assassinada na última terça-feira (22) em Cuiabá, apresentou "lesões genitais recentes e compatíveis com atos libidinosos", segundo laudo pericial da Politec. O documento reforça a brutalidade do crime que inicialmente foi tratado como sequestro e roubo, mas agora é investigado como feminicídio.
Apesar de o hímen da adolescente ter sido encontrado intacto, a perícia identificou "equimoses e escoriações nos pequenos lábios", o que indica violência sexual recente. De acordo com os peritos, a anatomia genital pode apresentar "complacência", ou seja, mesmo após uma agressão sexual, o hímen pode permanecer íntegro.
"É necessário aguardar resultados de exames laboratoriais, como pesquisas de DNA masculino e sêmen, para confirmar conjunção carnal recente. O DNA poderá identificar o autor ou autores", explica o documento. O material coletado das unhas da vítima também está sendo analisado para identificar possíveis agressores.
O laudo ainda revelou que Heloysa sofreu "sofrimento intenso e crueldade", apresentando sinais de contenção e diversas lesões pelo corpo. A causa da morte foi determinada como "asfixia mecânica decorrente de estrangulamento, acompanhada por atos violentos e cruéis com evidências de atos libidinosos recentes".
O principal suspeito do crime é Benedito Anunciação de Santana, de 40 anos, padrasto da vítima. Ele está preso preventivamente junto com seu filho, Gustavo Benedito Junior Lara de Santana, de 18 anos. A Justiça manteve as prisões na quinta-feira (24). Ambos estão detidos em celas separadas na Penitenciária Central do Estado.
Segundo as investigações, Heloysa foi estrangulada com um cabo de celular antes de ter seu corpo jogado em um poço no bairro Morada do Ouro. Um adolescente de 17 anos confessou ter participado do crime, afirmando que agiu a mando do padrasto da vítima, com a ajuda do filho dele e de outro adolescente de 16 anos.
Benedito e o filho responderão por feminicídio, roubo majorado e corrupção de menores. Os dois adolescentes envolvidos responderão por ato infracional análogo aos mesmos crimes.
Maria Das Graças Andrade Bueno 25/04/2025
Meu Deus! Qta violência, com uma menina indefesa. Qto sofrimento para a família.
ALAN 25/04/2025
Se soltar morre mais rápido! Muita gente com ódio desses dois... e a Facções de MT, será que vão deixar isso rolar impune?
2 comentários