A Polícia Civil de Várzea Grande prendeu, nesta quarta-feira (6), um jovem de 21 anos suspeito de estuprar duas mulheres durante corridas solicitadas por aplicativo de transporte com motocicleta. Os crimes ocorreram entre os meses de junho e julho, em diferentes bairros da cidade, e apresentam um padrão semelhante de abordagem e violência.
No primeiro caso, ocorrido em 6 de junho, a vítima, uma mulher de 22 anos, solicitou uma corrida para ir até a casa do namorado, no bairro Jardim dos Estados. O suspeito a buscou em uma motocicleta, mas desviou o trajeto, levando-a a um beco escuro e, em seguida, a um matagal, onde praticou o abuso sexual. Durante o ataque, ele ameaçou a vítima de morte e a culpabilizou pelo ocorrido.
O segundo caso, ocorreu no dia 26 de julho, seguiu o mesmo modus operandi. A vítima, de 21 anos, pediu a corrida para ir da casa onde mora com o marido até a residência da mãe, no bairro Mapim. O motorista desviou o caminho, a levou para uma área isolada, onde a ameaçou e a estuprou. Além disso, ele a fotografou nua com o celular da vítima, fazendo ameaças de divulgação das imagens. Após o crime, o homem roubou o celular, joias e cartão de crédito da jovem, e realizou diversas transações com o cartão no mesmo dia.
A investigação teve início logo após as denúncias, com depoimentos e perícias técnicas. A Polícia Militar localizou a motocicleta usada nos crimes, que pertencia à mãe do suspeito. Ele admitiu usar cadastro falso no aplicativo por não ter habilitação para dirigir. Uma das vítimas reconheceu o jovem por foto, o que levou à sua prisão temporária.
Embora inicialmente liberado por ausência de prisão preventiva, o suspeito teve a prisão decretada pelo juiz da 4ª Vara Criminal de Várzea Grande na segunda-feira (4). Nesta quarta-feira, a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso cumpriu os mandados de prisão e busca domiciliar, recuperando o celular roubado.
A delegada Paula Araújo, titular da Delegacia da Mulher, informou que há indícios de uma possível terceira vítima e que o reconhecimento fotográfico está em andamento. A polícia reforça o pedido para que outras vítimas ou pessoas com informações procurem a Delegacia, localizada na Rua Almirante Barroso, 298, Centro Sul.
A ação faz parte da Operação Shamar, iniciativa nacional ligada à campanha Agosto Lilás, que visa combater a violência contra a mulher.