A Operação La Catedral revelou um esquema de corrupção envolvendo o diretor da cadeia pública de Primavera do Leste, Valdeir Zelis dos Santos, e outras 14 pessoas.
A investigação, conduzida pela Delegacia de Roubos e Furtos (Derf), apontou que vagas na prisão eram vendidas por até R$ 100 mil.
Valdeir e os demais indiciados atuavam em conluio com Janderson Lopes, condenado a 39 anos por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Lopes, que deveria cumprir pena em regime fechado, desfrutava de regalias e liberdade de movimento, chegando a administrar seus negócios ilícitos fora da prisão.
Além de Lopes, outro detento, identificado como W.H.D., condenado a 55 anos por roubo qualificado, também recebia privilégios mediante pagamento de propina.
W.H.D. facilitava a compra de vagas para outros presos, acumulando significativas somas de dinheiro.
A investigação revelou que o esquema incluía uso de mão de obra prisional para trabalhos particulares e transferências bancárias ilegais.
Valdeir movimentou mais de R$ 2 milhões em suas contas durante o período investigado, utilizando laranjas para ocultar a origem dos valores.
Entre os envolvidos, estão um advogado e um ex-vereador de General Carneiro, que também realizaram transferências financeiras para garantir privilégios na prisão.
O caso expõe a profundidade da corrupção dentro do sistema penitenciário e os desafios enfrentados pelas autoridades na manutenção da ordem e justiça.
