A Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) e a Vigilância Sanitária Municipal de Cuiabá realizaram, na manhã desta segunda-feira (2), a terceira interdição da clínica de depilação a laser de uma empresária investigada por operar clandestinamente. A clínica voltou a funcionar em um novo endereço na Capital, mesmo após ordens expressas de fechamento.
A clínica, pertencente a uma franquia nacional, havia sido interditada pela primeira vez em 12 de maio e fechada novamente na última sexta-feira (30). Após a segunda interdição, a proprietária recolheu os equipamentos e alugou às pressas um espaço em um prédio no bairro Jardim Cuiabá, onde várias clínicas médicas funcionam. Sem alvará da Vigilância Sanitária e sem condições mínimas para atendimento, a clínica voltou a operar clandestinamente. A situação foi denunciada por clientes, um dos quais relatou ter sofrido queimaduras durante um procedimento estético no local.
Segundo o delegado titular da Decon, Rogério Ferreira, a empresária responderá por crime de desobediência. Caso continue desrespeitando as determinações, poderá ser presa e ter a empresa definitivamente fechada, além de enfrentar ações judiciais para proibição do exercício de atividades econômicas na área de estética.
A interdição inicial ocorreu após denúncia da Secretaria de Estado de Saúde (SES), motivada por um caso de infecção em uma paciente. Na primeira fiscalização, foram constatadas condições precárias, como desorganização, falta de higiene, ausência de responsável técnico, alvará sanitário vencido e materiais vencidos, incluindo botox.
Mesmo após ter regularizado algumas pendências, a proprietária retirou os lacres de interdição e retomou as atividades sem autorização, fato confirmado na fiscalização do dia 30 de maio, quando foram encontrados pacientes e resíduos infectantes no local, indicando o funcionamento irregular da clínica.
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