A Justiça decidiu pela prorrogação da prisão temporária dos empresários César Jorge Sechi e Julinere Goulart Bentos, apontados como os possíveis mandantes do assassinato do advogado Renato Nery, ocorrido em julho de 2024, em Cuiabá.
A medida foi determinada pela juíza Edna Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), com o objetivo de preservar a integridade das investigações em curso, evitando eventuais interferências como coação de testemunhas ou manipulação de provas.
Naturais de Primavera do Leste, os empresários foram presos no dia 9 de maio pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), após confissão do policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, que indicou o casal como responsável por planejar o crime.
Segundo Heron, que está detido desde março, o valor de R$ 150 mil foi pago pela execução de Nery.
Durante os depoimentos, Sechi manteve-se em silêncio e demonstrou uma postura descrita como "fria e irônica" pelas autoridades. Julinere, por sua vez, inicialmente mostrou disposição para colaborar, mas depois também optou por se calar. Ambos negam envolvimento.
A apuração do crime já levou à prisão de outros envolvidos: o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, que confessou ter efetuado os disparos; o policial militar Jackson Pereira Barbosa, apontado como intermediador; e o PM da inteligência da Rotam, Ícaro Nathan Santos Ferreira, suspeito de fornecer a arma usada no homicídio.
Renato Nery, que foi presidente da OAB-MT, foi baleado na cabeça quando chegava ao seu escritório em Cuiabá e faleceu no hospital no dia seguinte.
O caso continua a ser investigado pela DHPP, que considera a possibilidade de participação de outros mandantes