Nesta terça-feira (10), o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres prestou interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF) sob suspeita de envolvimento na tentativa de golpe de Estado durante os ataques ocorridos em 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes.
Anderson Torres, que na época exercia o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, é acusado de omissão diante dos atos violentos.
No interrogatório, o advogado de defesa de Torres é Eumar Roberto Novacki, ex-secretário chefe da Casa Civil de Mato Grosso na gestão do ex-governador Blairo Maggi.
Novacki, que também é ex-coronel da Polícia Militar de Mato Grosso, acumula experiência como assessor especial da Polícia Militar junto ao Congresso Nacional e já ocupou cargos importantes, como secretário-executivo do Ministério da Agricultura, presidente do Conselho de Administração da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
A defesa de Anderson Torres ocorre em meio a grande repercussão nacional, enquanto o STF avança nas investigações sobre os fatos que marcaram o início do governo Lula.
A atuação de Novacki na linha de frente da defesa destaca sua transição do serviço público em Mato Grosso para o campo jurídico e político em Brasília.
O interrogatório faz parte da apuração dos eventos do 8 de janeiro, que colocaram em xeque a estabilidade democrática no país e envolveram diversas autoridades e agentes públicos.
Anderson Torres segue firme na defesa, enquanto a justiça avalia seu papel durante as invasões e ataques ao Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal.