No primeiro trimestre deste ano, o governo central, composto pelo governo federal, Banco Central e Previdência Social, apresentou um superávit de 19,4 bilhões de reais. Entretanto, apesar desse resultado positivo, o acumulado dos últimos doze meses ainda revela um déficit de 247,4 bilhões de reais, equivalente a 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Enquanto o governo mantém a meta fiscal de déficit zero para este ano, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, expressou confiança na viabilidade de atingir essa meta para 2024 e os anos seguintes.
O governo federal recentemente anunciou a alteração das metas fiscais a partir de 2025, abrindo mão da busca pelo superávit primário no próximo ano e adiando para 2026. No entanto, projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) sugerem que o Brasil só deve registrar um saldo positivo nas contas públicas em 2027, após o término do mandato de Lula.
Apesar do resultado negativo em março, o desempenho das contas públicas foi o melhor para esse mês desde 2021, quando houve um superávit de 2,4 bilhões de reais. O déficit registrado em março deste ano, embora menor do que o do mês anterior, foi influenciado pelo pagamento de 28,2 bilhões de reais em precatórios.
Os gastos com Previdência Social foram responsáveis pelo déficit, totalizando 21,5 bilhões de reais no mês. Enquanto isso, o Banco Central apresentou um resultado negativo de 17 milhões de reais, enquanto o Tesouro Nacional registrou um superávit de 20,2 bilhões de reais. O Ministério da Fazenda observou que, descontada a inflação, as despesas em março cresceram 4,3% em relação ao mesmo mês de 2023, enquanto a receita líquida aumentou 8,3%.
