A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu, nesta terça-feira (13), quatro integrantes de uma quadrilha suspeita de movimentar cerca de R$ 240 milhões em um esquema de agiotagem eletrônica. A operação foi deflagrada simultaneamente nas cidades de Goiânia e Porto Alegre (RS).
De acordo com as investigações, o grupo utilizava ao menos oito empresas de fachada, registradas em nome de laranjas, para movimentar os valores ilícitos. Em um dos casos, uma única dessas empresas chegou a faturar R$ 180 mil em um único dia. Segundo a PCGO, os CNPJs ficavam ativos por poucos meses, todos ligados a cursos preparatórios fictícios, e movimentavam aproximadamente R$ 2,5 milhões por mês cada.
O esquema funcionava por meio da compra de maquininhas de cartão de crédito, que eram distribuídas para terceiros. Esses aparelhos eram usados para realizar empréstimos no cartão com taxas abusivas, prática que caracteriza crime contra a economia popular.
Após um ano de investigações, a polícia concluiu que o esquema envolvia também falsificação documental e lavagem de dinheiro. Os investigados vão responder pelos crimes de associação criminosa, usura pecuniária, falsidade documental e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem chegar a 27 anos de prisão.
A operação segue em andamento, e a polícia não descarta a prisão de outros envolvidos.