Uma operação coordenada por forças policiais de diversos estados brasileiros conseguiu impedir uma possível tragédia durante o show da cantora Lady Gaga no Rio de Janeiro, marcado para este fim de semana.
A “Operação Fake Monster” foi deflagrada no sábado (3), após investigações da Polícia Civil apontarem um plano articulado por um grupo extremista com intenções de realizar ataques com explosivos improvisados e coquetéis molotov no evento, visando principalmente o público LGBTQIA+ e jovens.
A ação envolveu 15 mandados de busca e apreensão contra nove alvos, com operações realizadas em Mato Grosso (Campo Novo do Parecis), Rio de Janeiro (Niterói, Duque de Caxias e Macaé), São Paulo (Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista) e Rio Grande do Sul (São Sebastião do Caí).
A ofensiva teve apoio de unidades especializadas como a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), além da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) e do Ciberlab da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
Durante a operação, um homem foi preso em flagrante no Rio Grande do Sul por porte ilegal de arma de fogo e um adolescente foi apreendido no Rio por armazenamento de pornografia infantil.
De acordo com os investigadores, o grupo promovia a radicalização de jovens em plataformas digitais, incentivando crimes de ódio, automutilação, pedofilia e violência como forma de pertencimento. O plano era tratado como um “desafio coletivo”, com o intuito de ganhar visibilidade online.
Foram apreendidos diversos dispositivos eletrónicos e outros materiais que estão a ser analisados para aprofundar as investigações.
Em Macaé, outro mandado foi cumprido contra um suspeito que ameaçava matar uma criança em transmissão ao vivo, sendo enquadrado por terrorismo e incitação ao crime.