menu
22 de Julho de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
menu
22 de Julho de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
fechar

BRASIL Quinta-feira, 03 de Julho de 2025, 12:45 - A | A

Quinta-feira, 03 de Julho de 2025, 12h:45 - A | A

GUERRA DE FACÇÕES

Execução de jovem com mais de 60 tiros expõe disputa violenta entre PCC e Bonde do Magrelo no interior de SP

Adrian Caique Paulino foi morto a fuzil na frente da família em Rio Claro após trocar de facção; facção rival já matou ao menos 30 integrantes do PCC na região, segundo MP

Da redação

 

A execução brutal de Adrian Caique Paulino, de 24 anos, no último domingo (29), em Rio Claro, interior de São Paulo, evidenciou mais uma vez a guerra sangrenta entre facções criminosas que disputam o controle do tráfico de drogas no interior paulista. Adrian foi morto com mais de 60 tiros de fuzil na frente de familiares, dentro da própria casa, no bairro Vila Alemã.

 

De acordo com as investigações da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo (MPSP), o jovem teria deixado o Primeiro Comando da Capital (PCC) para integrar o Bonde do Magrelo, facção rival que, com apoio do Comando Vermelho (CV), avança sobre territórios antes dominados pelo PCC na região.

 

No momento do crime, Adrian estava no quintal de casa acompanhado de familiares quando atiradores encapuzados pularam o muro. Ao tentar fugir pelo portão, foi surpreendido por outros criminosos, que dispararam dezenas de vezes com armas de grosso calibre, matando-o instantaneamente em um corredor lateral.

 

Segundo policiais que acompanham o caso, a troca de facção e a ligação de Adrian com o grupo de Anderson Ricardo de Menezes, conhecido como Magrelo — preso em maio do ano passado — foram as principais motivações para a execução. O Bonde do Magrelo é apontado pelo MPSP como responsável pela morte de pelo menos 30 integrantes do PCC, numa disputa que movimenta milhões de reais mensalmente com o narcotráfico na região de Rio Claro e cidades vizinhas.

 

Relatórios do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) destacam que o Bonde do Magrelo, mesmo com a prisão do líder, mantém a estratégia de executar rivais em plena luz do dia e com armamento pesado. “A consequência de quem ousa contrariar as determinações de Anderson Ricardo é uma só: a morte”, apontou a Promotoria em denúncia recente.

 

Além de Adrian, outros dois integrantes do PCC foram mortos a tiros na cidade no último dia 19, em um intervalo de apenas 10 horas. Segundo as autoridades, a guerra entre as facções se acirrou desde que o PCC concentrou seus esforços no tráfico internacional de drogas, deixando espaços no comércio local, hoje disputados por grupos aliados ao CV.

 

O Bonde do Magrelo já expandiu seus pontos de tráfico para, pelo menos, oito cidades da região, o que vem aumentando os confrontos armados e o número de execuções. A Polícia Civil e o MPSP seguem investigando a autoria e a dinâmica dos crimes, mas reconhecem que a escalada de violência impõe desafios à segurança pública no interior paulista.

 

> Click aqui e receba notícias em primeira mão.

 

Comente esta notícia