Uma nova onda de boicotes tomou conta das redes sociais esta semana, desta vez tendo como alvo a icónica banda brasileira Paralamas do Sucesso.

 

O estopim para a reação foi uma publicação do baterista João Barone na rede social Threads, onde teceu críticas contundentes ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos seus apoiantes.

 

Na mensagem, Barone comparou governos de diferentes épocas da história brasileira, referindo-se de forma indireta a figuras como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

 

Ao abordar o cenário político recente, o músico não poupou palavras e atacou diretamente o bolsonarismo: “Não consigo entender quem ainda quer um sociopata miliciano genocida golpista de volta ao poder. Tem que ser muito débil mental pra isso.”

 

A publicação gerou forte repercussão entre os apoiadores do ex-presidente, que prontamente iniciaram uma campanha de boicote à banda.

 

Usuários têm apelado para o cancelamento de apresentações, retirada das músicas das rádios e exclusão das faixas de playlists em plataformas de streaming. Além disso, vêm sendo registadas tentativas de ataques coordenados às redes sociais do grupo.

 

João Barone, além de ser um dos fundadores dos Paralamas do Sucesso, é conhecido por sua atuação crítica e engajada nas questões políticas brasileiras. A banda, formada em 1982, é considerada uma das referências do rock nacional, com décadas de carreira e reconhecimento dentro e fora do país.

 

Enquanto a controvérsia continua a ganhar força nas redes, muitos observadores destacam a importância da liberdade de expressão, especialmente no meio artístico, onde a crítica social e política sempre teve papel central.