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VARIEDADES Quarta-feira, 14 de Maio de 2025, 13:05 - A | A

Quarta-feira, 14 de Maio de 2025, 13h:05 - A | A

DENÚNCIA

Influenciadora que ostenta luxo nas redes é cadastrada como beneficiária da reforma agrária em MT

O Projeto de Assentamento Tapurah/Itanhangá foi criado em 1995 para beneficiar mais de mil famílias em uma área de 115 mil hectares

Da Redação

Uma influenciadora digital que exibe uma vida de luxo nas redes sociais foi cadastrada como beneficiária da reforma agrária pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Mato Grosso. O caso foi revelado pela Repórter Brasil em 14 de maio de 2025.



Michelle Zavodini, conhecida por compartilhar fotos em lanchas, jatinhos e festas com celebridades, teve seu nome incluído em 27 de dezembro de 2024 no cadastro de beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária, vinculada ao Projeto de Assentamento Tapurah/Itanhangá, no norte do estado.



A inclusão foi denunciada à Defensoria Pública da União (DPU) e ao Ministério Público Federal (MPF) pela Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Planalto (Assoplan), que representa 70 famílias sem terra acampadas há mais de uma década na região.



Segundo a denúncia, Michelle não atenderia aos critérios socioeconômicos exigidos para ser beneficiária da reforma agrária, além de ter ligação com grandes produtores de soja da região.



A denúncia também aponta a inclusão de um fazendeiro já processado pelo próprio Incra e de uma servidora da Defensoria Pública do Estado do Mato Grosso, o que é vedado por lei.



Procurado, o Incra informou que os cadastros de Michelle e do fazendeiro foram bloqueados e podem ser excluídos, mas o da servidora pública segue ativo.



O órgão afirmou que nenhum dos três recebeu benefícios ou teve contratos de concessão de uso da terra emitidos, mas os lotes continuam vinculados a eles, impedindo a redistribuição para outras famílias.




O Projeto de Assentamento Tapurah/Itanhangá foi criado em 1995 para beneficiar mais de mil famílias em uma área de 115 mil hectares, equivalente à do município do Rio de Janeiro. Ao longo das décadas, no entanto, as terras foram apropriadas por produtores de soja. 



Leia a íntegra no Repórter Brasil.

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