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VARIEDADES Terça-feira, 10 de Junho de 2025, 11:35 - A | A

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VEJA SINTOMAS

Síndrome do coração partido pode ser mais letal para homens, alerta estudo recente

Homem de 59 anos enfrenta cardiomiopatia por takotsubo após câncer; condição rara e induzida por estresse exige atenção urgente

Da redação

 

 Um homem de 59 anos chegou ao Primeiro Hospital da Universidade de Pequim, na China, para um procedimento médico rotineiro, quando começou a sentir dores intensas no peito e falta de ar. Quatro meses antes, ele havia removido tumores cancerígenos da bexiga, e apesar de tentar parecer forte diante da família, sofria de ansiedade profunda à noite, temendo a volta do câncer.

 

Segundo os médicos, ele estava com cardiomiopatia por takotsubo — popularmente conhecida como síndrome do coração partido — uma condição cardíaca rara e induzida por estresse extremo. Embora essa síndrome afete majoritariamente mulheres, um estudo recente publicado no Journal of the American Heart Association revelou que, quando ocorre em homens, pode ser mais fatal.

 

A cardiomiopatia por takotsubo acontece quando o músculo do coração é inundado por hormônios do estresse, chamados catecolaminas, que “congelam” temporariamente parte do tecido cardíaco, dificultando o bombeamento do sangue. Os sintomas são semelhantes aos de um ataque cardíaco, com dor no peito, palpitações e arritmias. Eventos emocionais ou físicos intensos — como a perda de um ente querido ou esforços físicos bruscos — podem desencadear a condição.

 

Analisando quase 200 mil pacientes hospitalizados nos Estados Unidos entre 2016 e 2020, pesquisadores constataram que, embora 83% dos casos sejam em mulheres, os homens apresentam o dobro de risco de morte pela síndrome, com uma taxa de mortalidade de 11,2%. Especialistas sugerem que diferenças hormonais influenciam esse quadro. O estrogênio, mais presente nas mulheres, pode proteger o coração, enquanto os homens liberam maior quantidade de catecolaminas sob estresse, o que pode agravar a condição.

 

Além das causas biológicas, o diagnóstico em homens pode ser atrasado porque a doença é culturalmente associada ao público feminino. Isso somado à tendência masculina de postergar atendimento médico contribui para piores desfechos. Complicações graves da síndrome incluem coágulos, AVC, insuficiência cardíaca e até parada cardíaca.

 

Embora o estudo tenha controlado variáveis como idade e comorbidades, ainda há lacunas no entendimento das diferenças entre os sexos, reforçando a necessidade de pesquisas mais detalhadas.

 

Médicos alertam que dor súbita no peito ou falta de ar nunca devem ser ignoradas ou tratadas em casa. “Ligue para os serviços de emergência imediatamente. O tempo pode salvar o coração”, afirma o cardiologista Dr. Deepak Bhatt. Além disso, o controle do estresse crônico com práticas como meditação e exercícios pode melhorar a saúde cardiovascular e a capacidade de enfrentar situações inesperadas.

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