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CIDADES Segunda-feira, 19 de Maio de 2025, 14:08 - A | A

Segunda-feira, 19 de Maio de 2025, 14h:08 - A | A

VIVERÁ EM CATIVEIRO

Onça-pintada que matou caseiro não poderá mais ser solta

O espaço não será aberto à visitação pública e será mantido em condições de tranquilidade, com estímulos naturais e ambientais, para evitar estresse ao felino.

Da Redação

 

A onça-pintada capturada após o ataque fatal ao caseiro Jorge Ávalos, o Jorginho, no Pantanal sul-mato-grossense, chegou ao Instituto Ampara Animal, em São Paulo, onde viverá em cativeiro pelo resto da vida. O animal, um macho adulto de cerca de 9 anos, passará por um processo de adaptação em um recinto especialmente projetado para garantir seu bem-estar físico e emocional, segundo o instituto.

 

O felino estava, até então, sob cuidados no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande (MS), desde que foi capturado pela Polícia Militar Ambiental quatro dias após o ataque ocorrido em 21 de abril, às margens do Rio Miranda, na região de Aquidauana (MS).

 

“Durante o transporte, a onça se manteve estável, chegou bem e já está recebendo todos os cuidados necessários para esse momento delicado de adaptação”, afirmou o médico-veterinário Jorge Salomão, responsável técnico pelo mantenedor de fauna do Instituto Ampara Animal.

 

Cativeiro adaptado, sem visitação

De acordo com a fundadora e presidente da instituição, Juliana Camargo, o novo lar do animal terá ampliação da área aquática, em respeito aos hábitos pantaneiros da espécie, que é conhecida por sua afinidade com a água. O espaço não será aberto à visitação pública e será mantido em condições de tranquilidade, com estímulos naturais e ambientais, para evitar estresse ao felino.

 

“Nós sabemos que o cativeiro nunca é o fim ideal para nenhum animal silvestre. Mas, diante desse contexto específico, essa é a melhor alternativa. Vamos garantir a ele dignidade, silêncio, respeito e qualidade de vida”, disse Juliana.

O Instituto já abriga oito onças, sendo cinco pintadas e três pardas, todas vítimas de conflitos com humanos e sem possibilidade de retorno à natureza.

Fragmentos ósseos e investigação em curso

A onça chegou ao CRAS abaixo do peso e anêmica, mas já apresenta sinais de melhora: ganhou 13 kg e está alerta. Durante sua permanência no centro, expeliu fragmentos ósseos e cabelos possivelmente humanos, encontrados em suas fezes. O material foi encaminhado para análise da Polícia Científica, que fará a comparação com amostras dos restos mortais de Jorginho.

Ainda não há confirmação oficial de que este é, de fato, o mesmo animal responsável pela morte do caseiro, mas a hipótese é considerada forte pelas autoridades.

Relembre o caso

Jorge Ávalos foi morto por uma onça em 21 de abril, enquanto coletava mel em uma área de mata próxima a um deck no Pantanal. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte, com marcas evidentes de ataque de felino. A Polícia Militar Ambiental rastreou pegadas e vestígios de sangue até capturar a onça na madrugada do dia 24.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil, com apoio de análises técnicas para confirmação da identidade do animal envolvido.

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