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POLÍTICA NACIONAL Segunda-feira, 14 de Julho de 2025, 14:14 - A | A

Segunda-feira, 14 de Julho de 2025, 14h:14 - A | A

LICENCIADO

Eduardo Bolsonaro afirma que ‘lamenta’, mas vai ‘sacrificar’ mandato e continuar nos EUA

O parlamentar disse ter tomado essa decisão por ter a certeza de que, se retornasse, seria “perseguido e preso” pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes

Estadão

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta segunda-feira, 14, à Coluna do Estadão, que não voltará ao Brasil agora e que, embora lamente, abrirá mão do mandato.


O parlamentar disse ter tomado essa decisão por ter a certeza de que, se retornasse, seria “perseguido e preso” pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.


“Por ora eu não volto. A minha data para voltar é quando Alexandre de Moraes não tiver mais força para me prender... Eu tô me sacrificando, sacrificando o meu mandato para levar adiante a esperança de liberdade”, reforçou.

Confira abaixo trechos da entrevista.

O senhor volta ou não para o Brasil?

Por ora eu não volto. A minha data para voltar é quando Alexandre de Moraes não tiver mais força para me prender. Estou falando com alguns assessores. Se for o caso de perder o mandato, vou perder o mandato e continuar aqui. O trabalho que estou fazendo aqui é mais importante do que o trabalho que eu poderia fazer no Brasil. No Brasil, o STF, quer dizer, Alexandre de Moraes, ia tentar colocar uma coleira em mim, tirar meu passaporte, me fazer de refém, ficar ameaçando, como ele sempre faz - mandando a Polícia Federal na Casa, abrindo inquérito, inquirindo pessoas ao meu entorno.

Então, eu não vou me sujeitar a fazer isso. E eu não preciso mais de um diploma de deputado federal para abrir portas e os acessos que tenho aqui. Então, a princípio eu continuo aqui. Se o Brasil estivesse vivendo uma normalidade democrática, em que o deputado pudesse falar, onde os deputados de direita pudessem ser iguais a um deputado de esquerda - que vai a organismos internacionais, como fizeram no ano passado, pedir a prisão de Jair Bolsonaro, ou a campanha do Lula livre em que o próprio Cristiano Zanin (ministro do STF), o Boulos viajaram (para isso). Mas como não tem, eu estou me sacrificando, sacrificando o mandato, para levar adiante a esperança de liberdade.

Hoje o senhor tem a convicção de que, se voltar ao Brasil, será preso?

Sim, porque o mesmo movimento feito para pegar meu passaporte está sendo feito agora para a minha prisão. Que movimento é esse? É o líder do PT (Lindbergh Farias) fazendo uma solicitação ao Alexandre de Moraes, e o Alexandre de Moraes pendido à PGR (Procuradoria Geral da República). Em que pese o (Paulo) Gonet tivesse 5 dias de prazo para responder sobre a apreensão do meu passaporte, duas horas depois do meu anúncio de que ficaria nos Estados Unidos, o Gonet publicizou a decisão dele de não pegar meu passaporte e, no mesmo dia, Moraes arquivou meu caso. Mas mesmo dito isso tudo, os próprios impetrantes – Lindberg e Rogério Corrêa - fizeram um vídeo dizendo que ‘se o Eduardo voltasse para o Brasil o Xandão ia pegar o passaporte dele’.

Então eu não tenho segurança de retornar ao Brasil, porque agora está sendo feito o mesmíssimo movimento, mas para a minha prisão. Eu não vou, sem ter cometido crime nenhum, forçar a minha esposa e os meus familiares a me visitarem numa cadeia injusta.Eu não vou cometer o erro, por exemplo, que o Anderson Torres (ex-ministro da Justiça) cometeu, de retornar ao Brasil achando que teria um julgamento decente e minimamente constitucional. Agora, se o Alexandre de Moraes quiser, eu desafio ele a me condenar à revelia e mandar o pedido de extradição para os Estados Unidos.

Sobre não voltar mais. Isso está decidido, o senhor já comunicou ao seu pai?

Não comuniquei não. Não é que não volta mais. Não volto enquanto persistir esse cenário.

 

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