Em sua primeira manifestação pública desde o anúncio do presidente Donald Trump sobre a aplicação de uma sobretaxa de 50% a produtos brasileiros, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) adotou um tom alarmista e pediu ação imediata dos Três Poderes para responder à medida.
Sem criticar diretamente o governo norte-americano, Bolsonaro afirmou que o Brasil está caminhando para o isolamento e a vergonha internacional, e acusou a atual diplomacia brasileira de afastar o país dos seus compromissos com a liberdade e o Estado de Direito.
“Recebi com senso de responsabilidade a notícia da carta enviada pelo presidente Donald J. Trump ao governo brasileiro. Deixo claro meu respeito e admiração pelo Governo dos Estados Unidos”, escreveu Bolsonaro em sua conta no X (antigo Twitter).
A carta enviada por Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) menciona diretamente o ex-presidente brasileiro e justifica as sanções como resposta à suposta perseguição política e censura no país.
O ex-chefe do Executivo federal evitou se posicionar contra o aumento das tarifas, preferindo transferir a responsabilidade para o atual governo.
“A escalada de abusos, censura e perseguição política precisam parar. O alerta foi dado, e não há mais espaço para omissões”, disse.
Bolsonaro também ecoou o termo “caça às bruxas”, utilizado por Trump em referência às investigações e processos judiciais que ambos enfrentam.
“Não se trata de mim, mas de milhões de brasileiros. O que está em jogo é a liberdade de expressão, de imprensa, de consciência e de participação política”, afirmou.
Na publicação, Bolsonaro ainda sugeriu que, sob sua gestão, o país não teria enfrentado esse tipo de represália internacional. “Isso jamais teria acontecido sob o meu governo”, declarou.
O ex-presidente concluiu pedindo que os Poderes apresentem com urgência medidas que restabeleçam o que chamou de “normalidade institucional”.
Nos bastidores, aliados de Bolsonaro admitem que a medida de Trump causa desgaste político ao ex-presidente e seu grupo, e já tentam blindá-lo dos impactos da decisão, mesmo diante do discurso adotado por Lula, que classificou a ação como uma afronta à soberania nacional.
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Givaldo santos 11/07/2025
Bolsonaro nunca se conformou com a derrota e até agora tenta tomar o governo na marra. Inconcebível se aliar a um estrangeiro e lutar contra o próprio país. Os únicos perdedores são os mais fracos . Uma vergonha o que a classe política faz para se manter no poder
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