O vereador Rafael Ranalli (PL) criticou duramente os 13 deputados estaduais que votaram, em sessão secreta, pela derrubada do veto do governador Mauro Mendes ao artigo 19 do projeto de lei que flexibiliza a instalação de mercadinhos dentro dos presídios de Mato Grosso. A medida permite a comercialização de produtos e objetos não fornecidos pelo Estado nas unidades prisionais.
Segundo Ranalli, a falta de transparência na votação causou espanto entre os vereadores da capital. Ele destacou que, diferentemente da Assembleia Legislativa, todas as votações da Câmara Municipal de Cuiabá são abertas ao público.
“Muito se fala da Câmara Municipal, mas aqui não tem votação secreta. Todas são abertas. Quem acompanha seu vereador ou deputado quer saber como ele vota”, afirmou.
A Câmara de Cuiabá, inclusive, já se posicionou contra a decisão da Assembleia Legislativa, conforme relembrou o vereador.
Ranalli, que também é policial federal, voltou a criticar a existência dos mercadinhos, citando excessos e privilégios observados nas unidades prisionais.
“O preso está lá para cumprir pena. Então, ele deve usar o que o Estado tem condições de fornecer. O que vimos é que nos mercadinhos se vendem cuecas de marca, Nutella, Sucrilhos… Tem coisa que nem a população aqui de fora tem”, disse.
“Quero pedir para esses 13 deputados estaduais virem à televisão e falarem. Aí eu aplaudo o Lúdio [Cabral], porque ele foi o único que saiu e falou: ‘eu apoio, eu votei a favor do mercadinho’. Agora cadê os outros 12 fujões e covardes?”, questionou.
Nesta terça-feira (15), a Câmara de Cuiabá deve aprovar, durante a 19ª sessão ordinária, uma moção de repúdio contra o deputado Lúdio Cabral (PT) e os outros 12 parlamentares que votaram pela liberação dos mercadinhos. A proposta foi apresentada pelo vereador Dilemário Alencar (União Brasil) e recebeu apoio de Ranalli, que defende a judicialização do caso.
https://drive.google.com/file/d/12wnyxzSWSs_Htg2_zuA8u-DTzgdWqx0Q/view?usp=sharing