Em entrevista à imprensa nesta quarta-feira, 28, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Max Russi (PSB), afirmou que ainda não vê necessidade de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis fraudes na concessão de empréstimos consignados a servidores públicos.
Segundo ele, o Legislativo dará um voto de confiança ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), que já iniciou uma apuração técnica sobre o caso.
Max destacou que a Corte de Contas assumiu a responsabilidade de liderar a investigação e que será respeitado o andamento do trabalho realizado pelos técnicos e conselheiros.
“Vamos aguardar o resultado dessa análise. Caso o TCE não consiga esclarecer a situação, aí sim poderemos considerar a CPI como alternativa”, disse.
O escândalo dos consignados veio à tona após diversas denúncias de servidores que relataram descontos indevidos em folha, contratos com valores diferentes do que foi contratado e dificuldades no acesso às informações dos empréstimos.
O Procon-MT já identificou irregularidades envolvendo a empresa Capital Consig, que levou a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) a suspender todos os descontos ligados à instituição financeira.
Questionado sobre a atuação da Seplag nas investigações, Max foi categórico ao afirmar que o atual secretário da pasta, Basílio Bezerra, não deve coordenar os trabalhos.
“A condução das investigações precisa ser feita por uma equipe neutra, e não por quem está diretamente envolvido na gestão do sistema de consignados. Isso compromete a transparência e a confiança no processo”, alertou.
Enquanto o processo segue no TCE, o clima é de expectativa na Assembleia.