Em uma tentativa de resolver o impasse que ameaça o futuro da centenária Santa Casa de Cuiabá, representantes dos três Poderes de Mato Grosso se reuniram nesta quinta-feira (10), no gabinete da presidência do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MT).
O encontro contou com a participação do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), do prefeito da capital Abilio Brunini (PL), do presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Sérgio Ricardo, da presidente do TRT-MT, desembargadora Adenir Carruesco, e do chefe da Casa Civil, Fábio Garcia.
No centro da discussão está a situação crítica da Santa Casa, sob responsabilidade do Governo do Estado desde 2019. O prédio, histórico e oneroso, custa cerca de R$ 400 mil mensais em aluguel aos cofres estaduais.
Com a recente inauguração do Hospital Central, o Executivo estadual avalia transferir os atendimentos e encerrar as atividades da Santa Casa, medida que encontra resistência por parte de autoridades e da sociedade.
Uma das alternativas mais concretas ventiladas durante a reunião é o leilão do imóvel, que está penhorado para garantir o pagamento de aproximadamente R$ 48 milhões em dívidas trabalhistas acumuladas pela Associação Beneficente Santa Casa.
O prefeito Abilio Brunini defendeu essa possibilidade, ressaltando que a venda judicial seria o caminho mais seguro, ainda que questione o valor estimado do prédio, que ultrapassa os R$ 70 milhões.
“Uma desapropriação abriria espaço para questionamentos judiciais por parte de credores. O leilão traz mais segurança jurídica”, argumentou.
Segundo ele, a preferência na aquisição do bem pertence primeiramente ao Governo Federal, depois ao Governo do Estado e, por fim, ao Município, caso os demais entes não se interessem. Mesmo assim, garantiu que a Prefeitura está disposta a assumir a gestão dos serviços, caso a unidade seja mantida.
O juiz auxiliar da presidência do TRT-MT, Ediandro Martins, reforçou que o imóvel já está comprometido com os ex-funcionários e que a Justiça do Trabalho aguarda o posicionamento dos devedores para dar sequência ao processo.
“É necessário mobilizar os credores e conduzir o procedimento com segurança para assegurar os direitos dos trabalhadores”, afirmou.
Otaviano Pivetta, por sua vez, preferiu adotar um tom institucional, destacando que o Estado seguirá o que for estabelecido dentro da legalidade.
“É uma empresa falida com patrimônio penhorado. O caminho mais coerente é vender o imóvel para pagar os credores. Vamos aguardar a conclusão do trâmite legal”, declarou, sem confirmar se o Governo participará do leilão.
Elygia 11/07/2025
Não entendi o que vai leiloar se na ferragem diz que o aluguel é de 400 mil mensais, o prédio é próprio ou alugado afinal, mas há muito tempo ela já é um problema pq não paga os seus funcionários e não cumpre as tac feitas entre eles e seus funcionários, melhor coisa é desativar pq existem muitos hospitais agora em Cuiabá
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