Victor Ostetti: Midianews
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), responsabilizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
Segundo ele, as ações adotadas pelo atual governo, como aumento de impostos, insegurança jurídica e decisões políticas arbitrárias, estariam minando a confiança internacional no Brasil e resultando em prejuízos econômicos e diplomáticos.
"É um conjunto de ações. As políticas que Lula está tomando, o excesso de taxação, a insegurança jurídica e várias outras medidas vão gerando essas consequências", afirmou o prefeito nesta quinta-feira (10), durante entrevista à imprensa.
Brunini ainda foi além ao afirmar que o país está sendo interpretado por lideranças internacionais como uma “ditadura” e vive atualmente um “regime de exceção”, embora os três poderes da República sigam funcionando dentro do marco democrático.
“Eles [governos estrangeiros] vão começar a se afastar das políticas de negociação com o Brasil porque está sendo interpretado lá fora como um país autoritário”, alertou.
O prefeito acredita que o isolamento diplomático do Brasil pode se aprofundar, atingindo inclusive nações conservadoras como Itália, Israel e Argentina.
“O próximo passo agora deve ser um prejuízo das relações com países que são um pouco mais conservadores”, disse.
A decisão de Trump foi comunicada por meio de uma carta enviada diretamente a Lula, em que o presidente americano justifica o tarifaço alegando perseguição judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a emissão de ordens "secretas e ilegais" contra empresas e plataformas de mídia dos EUA, o que, segundo ele, fere a liberdade de expressão dos americanos.
Apesar da crítica dura, Brunini reconheceu que o impacto da medida é desigual. Mato Grosso, segundo ele, é menos afetado nas exportações por competir diretamente com os Estados Unidos no setor agropecuário, mas pode sofrer com a elevação de preços na importação de produtos, como carnes.
“Pode até fingir que não impacta, mas impacta diretamente a nossa economia”, concluiu.
ALAN 11/07/2025
Isso não da pra discordar!
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