A Polícia Civil de Mato Grosso, por intermédio das Delegacias de Nova Ubiratã e Sorriso deflagrou, na manhã deste sábado (26), a operação Procuração Fatal, voltada ao cumprimento de oito ordens judiciais relacionadas à morte do advogado José Antônio da Silva, ocorrido há exatamente um mês, em Nova Ubiratã (MT).
Segundo as investigações, o advogado foi executado com um tiro na cabeça dentro de sua própria casa. A motivação, apontada pela Polícia Civil, teria sido uma dívida milionária em honorários advocatícios que ele tinha a receber de clientes — entre eles, os suspeitos agora investigados. Os mandados, expedidos pela Comarca de Nova Ubiratã, incluem quatro prisões temporárias e quatro buscas e apreensões.
Entre os detidos, estão três pessoas da mesma família - uma mulher, seu filho e sua neta - apontadas como mandantes do crime. Um quarto suspeito, responsável direto pela execução, segue foragido. As ações se estendem por Sorriso, Nobres e Tangará da Serra, com apoio das delegacias locais.
As provas reunidas pelos investigadores indicam que os mandantes acreditavam que, com a morte do advogado e a ausência de herdeiros, não seriam mais obrigados a quitar o débito judicial. Dias antes de ser morto, José Antônio teria relatado em mensagens de áudio para familiares que vinha sendo ameaçado, mas resistia em abandonar os processos que conduzia.
Apesar das tentativas de ocultar o crime, a Polícia Civil, com apoio de perícia técnica e inteligência, conseguiu reunir elementos que indicam a participação dos envolvidos.
As investigações seguem em andamento, com foco em identificar outros possíveis envolvidos na trama criminosa.