Na manhã desta quinta-feira (12), a Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande (Derf-VG), deflagrou a “Operação Noriat” com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em furtos de veículos, que utilizava dispositivos bloqueadores de trava e alarme. A Derf-VG solicitou à Justiça a expedição de mandados de busca, bloqueio de valores e prisões preventivas contra dois suspeitos, cumpridos em condomínios localizados nos bairros Porto e Carumbé, em Cuiabá.
Segundo a Derf-VG, a quadrilha atua posicionando o veículo próximo a estabelecimentos comerciais, como restaurantes, e aguarndado a chegada da vítima. Com o uso de um dispositivo eletrônico, bloqueiam o sistema de trava do carro e esperam que a vítma se afaste. Então, um dos criminosos realiza o furto, enquanto os comparsas dão cobertura nas proximidades, alertando sobre a chegada de viaturas e auxiliando na fuga.
A associação criminosa é composta por, pelo menos, cinco integrantes, que se revezam na prática dos furtos e perpetram os crimes em Várzea Grande e demais municípios de Mato Grosso, bem como em outros estados da Federação.
As vítimas
As investigações começaram em março de 2025. Um dos furtos atribuídos ao grupo ocorreu no dia 18 de março, quando um empresário e advogado estacionou sua caminhonete em frente a um restaurante na Avenida da FEB, em Várzea Grande. Após acionar o sistema de trava e alarme do veículo e entrar no restaurante, ele retornou para encontrar a porta do carro aberta, indicando o furto.
O advogado teve furtados diversos itens de valor, incluindo uma pistola calibre 38 registrada, uma mochila, dinheiro em reais e dólares, cheques em branco, uma carteira MontBlanc, documentos pessoais e cartões bancários usados para compras online. Após o ocorrido, a Derf iniciou as investigações, analisou imagens da área e identificou dois suspeitos ligados à quadrilha.
Um dos alvos da Operação Noriat já possui condenação pela prática de furto qualificado, realizado com o mesmo modus operandi, e responde pelo mesmo crime em Goiás. O outro alvo da operação também já possui registros pela prática de furto qualificado, ameaça e estelionato.
